Pet Letras completa 23 anos e apresenta nova logomarca
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Roberta Batista – estudante de Jornalismo
O primeiro grupo do Programa de Educação Tutorial implantado na Universidade Federal de Alagoas foi o Pet do Curso de Letras. E é no mesmo ano em que a Ufal comemora seus 50 anos, que o grupo celebra 23 anos de existência e lança uma nova logomarca. A nova marca reafirma o principal objetivo do grupo, a busca pela excelência acadêmica, revelando também as mudanças incorporadas por seus integrantes ao longo de uma trajetória de pouco mais de duas décadas.
O Pet Letras é um dos cinco grupos Pet’s que funcionam na Ufal, sob a coordenação do Ministério da Educação e Pró-reitoria de Graduação(Prograd). Mas é na figura do tutor que um grupo Pet encontra todas as orientações e nesse caso a tutoria é da professora Núbia Rabelo Faria. Durante 22 anos, os petianos do curso da Faculdade de Letras desenvolveram seus trabalhos sob a mesma tutoria, a da professora Maria Denilda Moura, responsável também pela implantação do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Letras.
Os 12 alunos bolsistas que integram o Pet Letras explicam que não há como dissociar a figura da antiga tutora da trajetória do grupo. Eles elucidam que assim como o Pet Letras compõe a trajetória de 50 anos da Ufal, a professora Denilda Moura compõe a de 23 anos do Pet. A professora explica que quando formou o grupo o objetivo era qualificar os alunos do então curso de Letras para ingressarem na pós-graduação. “Eles ingressariam no primeiro mestrado da Ufal”, esclarece Denilda.
Ela explica também, que hoje em dia, um grupo Pet não só procura qualificar alunos para ingresso na pós-graduação, mas também para a entrada no mercado de trabalho. “O que se busca é a qualidade do profissional, são níveis de qualificação. É passar uma visão de Universidade, de mundo, dos avanços na ciência e tecnologia”, diz a professora. Sobre a implantação do grupo na Ufal, a professora revela: “ Valeu a pena, é um grupo que deu excelentes resultados! Acho que se uma pessoa está em algum lugar para fazer algum trabalho tem que fazer o melhor que pode”.
Para entrar no Pet Letras, o aluno passa por uma seleção. É imprescindível não ter nenhuma reprovação e apresentar boas notas. Quando entra no grupo, o aluno desenvolve dois tipos de projeto, um individual e outro coletivo. Um Pet se diferencia de outros grupos de pesquisa por ser baseado no tripé ensino, pesquisa e extensão. É o único que trabalha as três perspectivas ao mesmo tempo. Um petiano também deve passar o conhecimento que recebe. Esse conhecimento deve ser passado não só para os outros membros do grupo como também para os outros alunos do curso.
O grupo de Letras expande esse conhecimento através de palestras, oficinas, minicursos, nivelamento e a Semana de Letras; tudo para que todos os alunos desenvolvam a excelência acadêmica. A pesquisa é desenvolvida através dos projetos,individual e coletivo. A extensão é realizada por meio da união entre a Universidade e a comunidade.
Alguns projetos de extensão, ainda sob a tutoria da professora Denilda, viraram livros. O projeto realizado na comunidade quilombola Muquém, no município de União dos Palmares, deu origem ao livro "Resquícios de Palmares: o que uma comunidade quilombola diz"; o que foi realizado em escolas de ensino médio, transformou-se no livro "As linguagens da cultura nordestina"; e o feito com alunos de ensino fundamental, também deu origem ao livro "Ler e escrever para quê?".
Petiano também troca conhecimento com petiano, seja ele do mesmo grupo, de grupos que funcionem na mesma Universidade ou na região e de outras regiões do Brasil. Os mais conhecidos são o Encontro Nordestino dos Grupos Pet (Enepet) e o Encontro Nacional de Grupos Pet (Enapet). Os 12 integrantes do Pet Letras explicam que os encontros geram ideias que se transformam em mudanças. As alterações acompanham as transformações no mundo, na maneira de pensar do ser humano e refletem nos grupos. É o Pet Letras mostrando para toda a comunidade acadêmica como se mantém um grupo de sucesso e excelência.Parabéns!