Instituto de Geografia capacita municípios alagoanos em Geoprocessamento
Um dos ofícios do bacharel em Geografia é o Geoprocessamento, técnica que opera sobre dados geográficos (georreferenciados), que associados aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), permitem diferentes análises do ponto de vista da Geografia. Essa técnica chega às cidades alagoanas, através da “Capacitação em Geoprocessamento nos Municípios”, realizada pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado (LGA), da Universidade Federal de Alagoas.
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Madalena Fernandes – estudante de Jornalismo
A capacitação tem como objetivo, habilitar técnicos para atuar em seus municípios como sistematizares de dados geográficos em SIG, que permitem aos gestores dos municípios tomar decisões e fazer planejamento. “Visamos, além do conteúdo, a aproximação dos participantes com a universidade, que é um espaço público e gratuito”, pondera a coordenadora do grupo de pesquisa LGA, Silvana Quintella.
O laboratório onde as pesquisas são realizadas foi implantado há 20 anos e conta com a parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ufal e UFRJ realizam pesquisas que alimentam seus acervos digitais de banco de dados geográficos. O LGA, que funciona no Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema), possui um banco de dados do Litoral Norte, Litoral Sul e da capital de Alagoas que reforçam o conteúdo das aulas da capacitação.
Já as demais pesquisas em Geoprocessamento resultam em produção de artigos, que são apresentados em congressos e publicados em revistas. Mas, segundo a coordenadora do projeto, todas as análises dirigidas no laboratório vão além de informações. Trabalhando com o foco no ensino, pesquisa e extensão desde 2007, o grupo de pesquisadores promove, com o incentivo financeiro do Ministério das Cidades, a capacitação de técnicos em Geoprocessamento nos 102 municípios de Alagoas.
Em 2007, o curso foi ministrado para dois técnicos indicados por gestores de cada um dos 40 municípios inscritos. As aulas de caráter técnico foram ministradas nos espaços da universidade, nos Campi Maceió, Arapiraca e Unidade de Penedo.
Este ano, a capacitação terá início no final do mês de junho, ainda sem data definida, e atenderá aos 62 municípios que restam. “Ensinamos as técnicas para se fazer o banco de dados, obtidos por fontes de sensoriamento remoto (satélites), que através da compilação de mapeamentos temáticos já existentes podem ser visualizadas em cartas topográficas, entre outras”, esclarece a professora Silvana.
Para realizar os cursos, o projeto mantém parceria com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Esse ano, o grupo de Geoprocessamento foi convidado pela Associação para participar da V Feira dos Municípios Alagoanos, que foi realizada no Centro de Convenções, em Jaraguá, no período de 12 a 15 de maio. “Nossa participação na Feira foi o reconhecimento do nosso trabalho”, conclui Silvana Quintella.