Alunos, técnicos e docentes escolhem próximo reitor e vice-reitor


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Votação no Ginásio de Esportes
Votação no Ginásio de Esportes

 Roberta Batista – estudante de Jornalismo  

O fluxo intenso de carros logo na entrada do Campus A. C. Simões revela que este 8 de junho não é um dia normal para a Universidade Federal de Alagoas. Três cores tomaram conta do Campus. E maior ainda é o número de personagens que se encontram em dia de eleição para reitor numa Universidade cinquentenária. Cada um deles representa os diversos tipos de pessoas que compõem esta instituição de nível superior. São alunos, técnicos e docentes. Independente do tempo que estejam na Ufal, todos tem a mesma missão nesta quarta-feira: escolher o gestor pelos próximos quatro anos.

 

Dois tipos de alunos votam nesta eleição, os de graduação e os de pós-gradução - Mestrado e Doutorado. O estudante de Engenharia Química, Marcus André de Aguiar, chegou há pouco tempo na Ufal. Ele está no primeiro período, mas já sabe o quanto é importante comparecer na eleição para reitor. “É uma maneira de participar da Universidade. Já posso fazer minha escolha e boa”, disse o aluno.

 

Diferentemente de Marcus, os estudantes de mestrado Michele Agra e Reberth Cavalcante, já passaram pelo processo de escolher um novo reitor. Eles estão há dois anos na pós-graduação e passaram cinco anos cursando Engenharia Civil na Ufal. Michele e Reberth acham que o processo eleitoral é o mesmo de quando eram graduandos, mas que a experiência ajuda na escolha. Reberth classifica a Universidade como um espaço de evolução. “Não quero uma Ufal estática. Penso em infraestrutura, em pesquisa, ensino e extensão. Espero que a extensão seja uma ação maior nos cursos, principalmente nos de humanas. Quero uma Universidade que interfira na comunidade”, declarou o mestrando.

 

Assim como os dois mestrandos, a professora substituta da Escola de Enfermagem, Tereza Carolina Santos, teve a oportunidade de vivenciar uma eleição em dois momentos distintos. A primeira que ela participou foi como aluna. Desde abril, ela faz parte do quadro de professores substitutos. “Quando a gente é aluno pensa só no que é bom pra gente. Agora penso no que é bom para o aluno e para o professor. Tenho uma visão mais ampla de Universidade”, disse Tereza.

 

Existem ainda os alunos que já estão há algum tempo na Universidade, mas que nunca tinham participado de uma eleição. A aluna de Farmácia, Jailma Letícia Marques, está cursando o quinto período do curso. Esta é a sua primeira eleição. “ Espero de quem ganhar que melhore infraestrutura e ,consequentemente, o ensino. Acredito que meu voto como aluna é muito importante. Conta para montar uma Universidade sempre melhor”, falou Jailma.

 

Este dia 8 também marca a primeira vez que o estudante Matheus Vieira vai votar para reitor. Ele cursa o primeiro período de Direito. E revelou esperar do candidato que vencer a resolução das deficiências da Universidade.

 

O eleitorado também é composto por técnicos. Muitos deles votaram nas dependências do Hospital Universitário. A médica Vera Mendonça trabalha no HU há 15 anos e marcou presença nesta eleição. Ela considera que o processo eleitoral está tranquilo. E disse esperar que a vontade democrática prevaleça.

 

Outros locais que concentraram bastante servidores, técnicos e docentes, foram o Ginásio de Esportes e a sala 101 da Escola de Enfermagem e Farmácia. Adalberon Santa Cruz trabalha na Ufal há 33 anos. Ele trabalha no Departamento de Adminstração de Pessoal, e já passou por outras eleições, explicou que a prioridade sempre é de melhorar a Universidade. O professor da disciplina Saúde do Adulto e do Idoso, da Faculdade de Medicina, João Batista Neto, também já participou de outras eleições. Ele está na Ufal há 27 anos. E foi um dos servidores docentes que votou na Esenfar.