Engenharia Ambiental: formação sólida em engenharia aplicada ao meio ambiente


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Alunos em visita à restinga da Praia do Francês em 2010
Alunos em visita à restinga da Praia do Francês em 2010

Diana Monteiro – jornalista

Nas comemorações pela passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a Universidade Federal de Alagoas se destaca por possuir um curso de graduação que valoriza os serviços ambientais prestados à sociedade: o curso de bacharelado em Engenharia Ambiental.  A Ufal é a única instituição de ensino superior no Estado de Alagoas que oferece um curso nessa área.

Implantado há seis anos, o curso de Engenharia Ambiental foi pensado para atender uma demanda cada vez maior de profissionais da área capazes de trabalhar o direcionamento das atividades da sociedade com foco nos impactos ambientais negativos causados na produção de bens e serviços artificiais.

 De acordo com a coordenadora do curso Karina Salomon, dentre os temas trabalhados na Engenharia Ambiental destacam-se o diagnóstico e previsão dos impactos que juntamente com o monitoramento e a simulação numérica e experimental de processos em sistemas ambientais, sustentam o planejamento e a gestão ambiental. “O curso nasceu da iniciativa de um grupo de professores do Centro de Tecnologia, os quais se especializaram em áreas de atuação afins, como Recursos Hídricos e Saneamento do ar e da água”, enfatiza a professora.

Com um corpo docente de formações diversificadas, o que possibilita uma matriz curricular que abrange disciplinas nas áreas de física, matemática, química, biologia, computação e geotecnologias, geologia e solos, políticas públicas e legislação ambiental, gestão e planejamento ambiental, o curso dispõe de diversos programas de apoio.

“Um dos cursos de apoio ofertados é o de Nivelamento dos Conhecimentos junto aos feras, durante duas semanas antecedentes ao início de cada semestre letivo. Em pleno funcionamento o Programa de Orientação Acadêmico (Proa), o Programa Especial de Capacitação Discente (Pec), o Programa de Educação Tutorial (PET) ”, frisa Karina Salomon. Em 2010 o PET- Engenharia de Engenharia Ambiental teve proposta classificada como a terceira melhor do Brasil na seleção de novos grupos.   A professora destaca também a atuação do Centro Acadêmico que tem participação ativa das instâncias a que tem direito na unidade, como por exemplo, nas reuniões ordinárias quinzenais do colegiado do curso.

Desafios

O empenho para qualificar a cada dia a Engenharia Ambiental é um compromisso assumido e posto em prática pela comunidade acadêmica e, com essa finalidade, inúmeras ações são desenvolvidas. “O saldo tem sido bastante positivo, desde a aprovação de egressos em cursos de pós-graduação renomados no país a alunos em fase de conclusão em concursos locais, inclusive em primeiro lugar. Tivemos aprovação de graduados em dois melhores cursos de mestrado do Brasil: Recursos Hídricos e Saneamento, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Engenharia Civil, com ênfase em meio ambiente, na Universidade Federal do Rio de Janeiro”, destaca a coordenadora Karina Salomon.

“Em 2010, na XIV Jornada Alagoana de Saneamento Ambiental, promovida pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – secção Alagoas e Crea, dois alunos do curso conquistaram o primeiro lugar na categoria artigo e na mesma categoria mais dois alunos também conquistaram o terceiro lugar. No mesmo evento na categoria ações ambientais,  mais três alunos obtiveram terceiro lugar”, enfatiza a coordenadora acrescentando que  alunos do curso também têm se saído muito bem em processos de seleção para mobilidade nacional e internacional, a exemplo do Programa Top China.

Ela acrescenta que os desafios são grandes para que a sociedade entenda o perfil de profissional formado, mesmo com a receptividade do mercado em alta. “O curso passará pela primeira avaliação do Enade envolvendo alunos concluintes. Nesse sentido, o colegiado tem se empenhado para fomentar nos alunos o mesmo espírito de valorização do trabalho no curso, esperando que os bons frutos também surjam nessa avaliação”, destaca a coordenadora.