Núcleo de Estudos Afro-brasileiros luta contra o preconceito em Alagoas
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Julianne Leão – estudante de Jornalismo
O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) vem se destacando pelas atividades que realiza na promoção da cultura negra. O lançamento de uma coleção tematizado na história do continente africano; a conclusão de cursos de capacitação para professores e a realização de fóruns reunindo diferentes setores para discutir a diversidade, os direitos e a educação são algumas das ações propostas.
No mês de maio, o Neab esteve presente na Câmara Municipal de Maceió para discutir o Plano e as Diretrizes Curriculares da Lei 10.639/03, que inclui no currículo da rede de ensino a temática História e Cultura Afro-brasileira, e em Olho d’Água das Flores, com o intuito de propor um trabalho de avaliação sobre a mesma Lei.
Estiveram reunidos 160 professores da rede pública de ensino e foi realizado um plano de ação das diretrizes curriculares étnico-raciais a fim de analisar a situação infanto-juvenil no Estado. No dia professores responderam algumas questões sobre o preconceito, com o intuito de identificar contingentes africanos.
O Neab também participou da Ação do Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial. As reuniões contaram com a participação de grupos representativos da infância, do campo, dos indígenas, dos homossexuais, da diversidade étnico-racial e da educação. “O debate foi proveitoso e estamos redigindo um documento para divulgarmos as principais reflexões”, diz a professora Clara Suassuna, coordenadora do Neab.
O Neab é o Núcleo mais antigo da Universidade e um dos mais antigos do Brasil. Ações como essas são feitas o ano inteiro, em prol dos afrodescendentes. “Fazemos trabalho de pesquisa e de extensão para atender essas pessoas”, diz a professora Clara Suassuna. E se orgulha: “Ações como essas, nós fazemos o ano inteiro!”