Curso de Jornalismo recebe conceito 3 em avaliação do MEC


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Maria Antonieta, coordenadora de Processos de Avaliação da Ufal, explica que o curso de Comunicação Social precisa de melhorias, mas não deve passar por intervenção do Mec
Maria Antonieta, coordenadora de Processos de Avaliação da Ufal, explica que o curso de Comunicação Social precisa de melhorias, mas não deve passar por intervenção do Mec

A Pró-reitoria de Graduação (Prograd) recebeu na sexta-feira, 8, o Relatório de Avaliação do Curso de Comunicação Social: Jornalismo, elaborado após a visita da Comissão de Avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Nacionais (Inep/Mec), no período de 26 a 29 de junho. Após avaliar o projeto pedagógico, o corpo docente e a infraestrutura do curso, a comissão sugeriu o conceito 3, dando indicativo positivo para a renovação do reconhecimento do curso.

O conceito é uma nota preliminar para a formação dos Índices Gerais de Cursos das Instituições (IGC). Ele é formado através de avaliações externas realizadas num ciclo trienal. Nesse tempo, o Ministério da Educação (Mec) faz a avaliação do alunado, através do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Já a avaliação do curso é promovida por uma comissão do Inep que se baseia em três dimensões: Organização didática pedagógica; Corpo Docente; e Infraestrutura.

Na avaliação realizada em junho deste ano, o curso de Jornalismo obteve o conceito 3 nas duas primeiras dimensões e 2 na dimensão de Infraestrutura. Ao ser finalizado, o relatório foi enviado para a Secretaria de Educação Superior (Sesu), que então dará o parecer quanto a prorrogação do reconhecimento do curso.

Conforme Maria Antonieta, coordenadora de Processos de Avaliação da Ufal, e também integrante da Comissão de Avaliação de cursos do Mec, o conceito é um indicativo daquilo que deve melhorar nos cursos. "Os relatórios produzidos pela comissão não tem caráter punitivo. Caso a Sesu não aceite o conceito indicado, a instituição responsável pelo curso assina um protocolo de compromisso, onde se prontifica a corrigir os problemas e cumprir as exigências do Mec", explica a coordenadora.

Maria Antonieta ressaltou que apesar dos problemas quanto a infraestrutura  - laboratórios, salas de aula e acervo da biblioteca foram considerados insatisfatórios - o curso obteve conceito positivo e não deve passar por intervenção do Mec.

"Independente da avaliação final da Sesu, o pró-reitor de Graduação da Ufal, Anderson Dantas, já se prontificou a sanar todos os problemas encontrados pela comissão. A gente sabe que o curso tem suas fragilidades e, por isso, deveremos fazer uma comitiva entre a Prograd e o colegiado do curso para fazer as correções necessárias", disse Maria Antonieta.

Ainda nesse semestre, o Mec avaliará pela primeira vez o Curso de Serviço Social da Unidade de Palmeira dos Índios/Campus Arapiraca. Entre os cursos criados em 2006 com o início das atividades do Campus Arapiraca, apenas Engenharia de Pesca fará sua primeira avaliação em 2012. Isso se deve a duração maior do curso, que é de cinco anos.

No Campus Maceió, os próximos cursos a serem avaliados pela primeira vez são Engenharia Ambiental e Dança. Já os alunos dos cursos de licenciatura e engenharias do Campus do Sertão terão sua primeira participação no Enade neste ano e apenas em 2013 os cursos serão avaliados.

IGC: indicador de qualidade

O IGC é um indicador de qualidade construído com base numa média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Assim, sintetiza num único instrumento a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da mesma instituição de ensino. Divulgado anualmente, o resultado final do IGC é expresso em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). Notas 1 e 2 são consideradas insatisfatórias.

O indicador orienta as visitas in loco dos avaliadores do Inep,, além de informar a sociedade sobre a qualidade das instituições. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o IGC está cumprindo a função de diminuir as distâncias entre instrumentos de avaliação objetivos e as visitas in loco de especialistas às instituições. “As avaliações in loco vem confirmando os indicadores apontados pelo IGC”, disse. Segundo o ministro, o indicador permite aos avaliadores in loco aferir as deficiências apontadas na avaliação objetiva. “Antes da criação do IGC, os resultados eram muito diferentes”.

Caso as visitas dos especialistas confirmem o resultado do IGC, as instituições com notas inferiores a 3 têm prazo para recorrer desse resultado. Mantida a nota baixa, a instituição não poderá abrir novos campi, cursos ou ampliar vagas em cursos existentes até resolver os problemas indicados, mediante termo de saneamento firmado com a Secretaria de Educação Superior.