Laboratório de DNA Forense: um centro de referência no Brasil
- Atualizado em
Joabson Santos - jornalista
Implantado em 1997 pelo Professor Doutor em Genética Molecular da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Antonio Ferreira da Silva, o Laboratório de DNA Forense da Ufal tem ao longo de sua história trabalhado com sucesso em prol da sociedade alagoana. A repercussão desse trabalho se deve ao engajamento da equipe formada por 12 pessoas especializadas.
Graças à eficácia do Laboratório, que utiliza tecnologia avançada, diversos casos de pessoas assassinadas e desaparecidas foram elucidados; casos de estupro também já foram resolvidos; e investigações de paternidade foram solucionadas. Esse último serviço é prestado de forma gratuita devido a um convênio celebrado com o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas.
Estudo Forense
As investigações de paternidade permitem a muitas mães uma tranquilidade para o recebimento de pensões. “Este projeto é muito interessante, pois leva justiça às classes mais carentes”, declara
o Prof. Luiz Antonio ao falar dos testes de paternidade. Se não fosse a existência do convênio, muitas pessoas ficariam impossibilitadas de realizar o teste, já que o exame particular realizado pelo Laboratório custa R$400,00. Por mês são feitos 80 exames, um número que garante a inexistência de filas de espera. Alagoas é um dos únicos estados em que isso ocorre no país.
Para a solução de crimes, o estudo do DNA pode ser feito em diversos tipos de amostras como: sangue, osso, sêmen, saliva, pêlo, urina, dentes e tecido orgânico. Mas para que os estudos aconteçam de maneira correta, a coleta deve ocorrer de forma adequada. Para isso, existe o manual de coleta de amostra biológica no local do crime e o treinamento de policiais civis de Alagoas.
Banco de Dados ajuda na busca de desaparecidos
Desenvolvido e mantido pelo Laboratório de DNA Forense da Ufal, o Banco de Dados de Pessoas Desaparecidas é o único deste tipo no Brasil. Quando estiver sendo utilizado para o fim que foi criado, o Banco vai ajudar pessoas não apenas de Alagoas e sim do Brasil inteiro, é o que garante o chefe do Laboratório, prof. Luiz Antonio.
A utilização do Banco deveria ser feita por instituições como IML, Ong´s, Delegacias e Conselhos Tutelares. Ao acessar a plataforma, o usuário efetua o cadastro da pessoa desaparecida e fica responsável por alimentá-lo com informações sobre o caso, “pois não temos como saber se a pessoa retornou ou não para casa e isso acontece com muita frequência”, ressalta o coordenador do
Laboratório.
Cursos para todos
O Laboratório de DNA oferece ainda à população cursos online de extensão em coleta de Amostras Biológicas para o estudo de DNA, direcionado a profissionais e estudantes de saúde e de direito. Ao longo de sua existência, já realizou três cursos de especialização que tiveram a participação de pessoas de 13 estados do Brasil.