Ministro da C&T lança o programa Ciência sem Fronteiras

Durante a 38ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 26, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, apresentou oficialmente o novo programa do Governo Federal - Ciência sem Fronteiras. "Digo que o principal objetivo do programa é aumentar a quantidade de estudantes e pesquisadores nas melhores universidades do mundo, em especial das áreas de engenharias, ciências básicas e tecnológicas", explicou o ministr


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Ciência sem Fronteiras custeará bolsas de intercâmbio em universidades do exterior. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Ciência sem Fronteiras custeará bolsas de intercâmbio em universidades do exterior. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
 
Veja neste link a apresentação de Mercadante. A cerimônia contou com a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff.
 
Ciência sem Fronteiras
O programa vai custear 100 mil bolsas de intercâmbio nas principais universidades do exterior para estudantes, desde o nível médio ao pós-doutorado. A iniciativa tem como objetivos avançar na ciência, tecnologia, inovação e competitividade industrial por meio da expansão da mobilidade internacional; aumentar a presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no exterior; promover maior internacionalização das universidades brasileiras; aumentar o conhecimento inovador do pessoal das indústrias brasileiras; e atrair jovens talentos e pesquisadores altamente qualificados para trabalhar no Brasil.
 
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai conceder 40 mil bolsas até 2014 com investimentos na ordem de R$ 1.731.424.647. Já o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concederá, no período, 35 mil bolsas, com investimento de R$ 1.429.441.973. As outras 25 mil bolsas serão concedidas por meio de articulação com o setor privado.
 
Áreas estratégicas
De acordo com dados apresentados pelo ministro, mesmo o país tendo triplicado o número de graduados, chegando a 1 milhão em 2010, as engenhariass não acompanharam o crescimento. "A Coréia possui um engenheiro para cada quatro formados. O Brasil possui um engenheiro para cada 50", exemplificou.
 
As áreas estratégicas estabelecidas pelo programa são:
  • Engenharias e demais áreas tecnológicas;
  • Ciências Exatas e da Terra: Física, Química e Geociências;
  • Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde;
  • Computação e tecnologias da informação;
  • Tecnologia Aeroespacial;
  • Fármacos;
  • Produção Agrícola Sustentável;
  • Petróleo, Gás e Carvão Mineral;
  • Energias Renováveis;
  • Tecnologia Mineral;
  • Tecnologia Nuclear;
  • Biotecnologia;
  • Nanotecnologia e novos materiais;
  • Tecnologia de prevenção e migração de desastres naturais;
  • Tecnologias de transição para a economia verde;
  • Biodiversidade e Bioprospecção;
  • Ciências do Mar;
  • Indústria Criativa;
  • Formação de Tecnólogos.
Mercadante reforçou a necessidade de investimento em áreas prioritárias e destacou o fato de a concessão de bolsas no exterior pelas instituições federais para estudantes das áreas de humanas ter crescido 66% no período de 2001 a 2009. Para as engenharias, o crescimento foi de apenas 1%. "A Capes e o CNPq vão continuar cobrindo todas as áreas do conhecimento, mas este programa é voltado para darmos um salto tecnológico."
 
A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse que o novo programa é destinado a resolver gargalos do crescimento do país nos últimos oito anos. "Não vamos formar 75 mil cientistas individuais, mas sim a base do pensamento educacional do país."