Ufal em Defesa da Vida contabiliza 1304 homicídios em Alagoas em 2011


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O número de homicídios até o dia 30 de junho deste ano já representa cerca de 60% do número total de homicídios em 2010
O número de homicídios até o dia 30 de junho deste ano já representa cerca de 60% do número total de homicídios em 2010

Kleverton Almirante – estudante de Jornalismo

O número está exposto no painel do Programa Ufal em Defesa da Vida afixado na entrada do prédio da Reitoria no Campus Maceió. O painel, que foi atualizado na tarde da  sexta-feira, 15, pela Pró-reitoria Estudantil (Proest)apontou o número crescente de homicídios no Estado. Os dados foram colhidos até o dia 30 de junho deste ano.

A professora Ruth Vasconcelos, coordenadora do Programa Ufal em Defesa da Vida, esclarece que a Proest faz o acompanhamento mensal dos dados de homicídios com o objetivo de dar visibilidade a esse número alarmante. "O problema não é somente de quem morreu, mas também de todos nós que estamos vivos. Com a visibilidade desse número, possamos nos conscientizar para reverter o quadro atual, que aponta um crescimento insuportável", conta Ruth.

A socióloga esclarece ainda que a Ufal tem a missão de colaborar com a diminuição dessa estatística, por ser uma instituição educacional. Para isso, a universidade deve envolver toda a comunidade acadêmica para a temática. Ela ainda esclarece que o homicídio é um ato extremo: "As outras formas de violência como a discriminação, a homofobia, o bullying, devem ser combatidas porque são formas primárias de violência que podem originar um homicídio", explica.

Desde 2009, ano de sua implantação, o Programa Ufal em Defesa da Vida tem produzido junto à comunidade universitária várias atividades e debates pautadas pelos temas da violência, dos direitos humanos e da segurança pública.

Coordenadora de Política Estudantil da Proest, Ruth Vasconcelos chama atenção para a realização do 10º ato do programa que será divulgado em breve, com realização marcada para o mês de agosto. "O Estado de Alagoas está entre os mais violentos do país. Todos nós como professores, educadores, gestores e cidadãos devemos nos sentir incomodados com o aumento da violência e nos mobilizar para enfrentá-la em defesa da vida", ressalta a professora.