Enciclopédia virtual colaborativa reúne informações sobre Alagoas
Com as rotinas diárias cada vez mais ligadas ao mundo tecnológico, a adaptação da vida social ao mundo virtual vem se caracterizando como um processo inevitável. Como a internet tornou-se uma prática ferramenta para a realização de pesquisas em diferentes âmbitos e carrega característica de ativa participação dos seus usuários, o surgimento de enciclopédias colaborativas vem ganhando cada vez mais aceitação. E o estado de Alagoas agora conta um espaço específico para apresentar os seus 102 municípios: a plataforma Wikialagoas, gerenciada por um grupo do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Ufal.
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William Correia – estudante de Jornalismo
A página está sendo testada em diferentes modelos e configurações e em pouco tempo estará disponível em seu formato definitivo, podendo todos os seus conteúdos, próximos à casa dos mil, serem acessados ou modificados por qualquer usuário da rede mundial de computadores. Apesar de não estar finalizada, a enciclopédia recebe atualização diária e já pode ser visitada. Para participar de sua produção, basta ao usuário criar uma conta gratuita com os seus dados e o acesso é liberado.
“Os internautas, em qualquer ponto do planeta, podem adicionar hipertextos, isto é, textos em formato digital, imagens e sons que se agregarão aos outros conjuntos de informação disponíveis na plataforma, formando, assim, um acervo inesgotável de conteúdos”, explica Evaldo Mendes, coordenador do grupo, ao especificar algumas das possibilidades oferecidas aos usuários.
“Atualmente, os conteúdos da plataforma são bem diversos, enfocando principalmente as manifestações da cultura alagoana, além de dados históricos, estatísticos e sócio-econômicos”, explica o professor, que conta com a ajuda de dez estudantes dos cursos de Ciências Sociais, Comunicação Social, História e Geografia da Ufal, e Análise e Desenvolvimento de Sistemas, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal).
Inicialmente, a produção de conteúdo para o Wikialagoas vem sendo realizada por estes alunos e pelo prof. Evaldo. As informações são obtidas com uma vasta pesquisa em bibliotecas, museus, na própria rede mundial de computadores e, como não poderia deixar de ser, nos lugares que são alvo da pesquisa. Entretanto, a considerável quantidade de participantes nas atividades não impede que os internautas participem da produção de conteúdo, pois a ideia que sustenta a plataforma é o livre acesso em todos os sentidos.
Segundo o professor, na página já existem 600 verbetes identificadores do conteúdo material e imaterial alagoano, e o próximo passo será criar acervo sobre a economia local. “Estamos trabalhando para reunir informações de utilidade prática, como a lista completa de hotéis e pousadas, bares e restaurantes em todo o estado, a produção industrial e agrícola”, exemplifica.
Evaldo, que possui formação na área de Antropologia, reconhece que, por causa da característica de livre acesso da plataforma, é preciso ser dispensada maior atenção àqueles materiais publicados por colaboradores. Por isso, ele lembra que os usuários podem relatar a ocorrência de abusos e solicitar a remoção de conteúdo considerado inadequado. “A intenção é que seja um ambiente livre e democrático, sem vinculação político-partidária ou de quaisquer outras naturezas. Ao mesmo tempo, deve ser um ambiente que respeita as diferenças de opinião, sem ofender pessoas ou grupos”, diz.
A Wikialagoas conta com a parceria da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal). O trabalho já foi apresentado na terceira edição do Encontro de Blogueiros Alagoanos e também será exibido de oitava edição do Congresso Acadêmico da Ufal, a ser realizado em outubro deste ano.
