Exposição Eternecer estreia na Pinacoteca Universitária

Inquietações pessoais a partir da busca e interpretação dos resquícios da memória materializados pelo tempo.  Essa foi a motivação inicial das artistas Camila Cavalcante e Karla Melanias para desenvolver o conceito da exposição Eternecer – apesar do tempo permanece em nós, apesar de nós permanece no tempo, cuja abertura será nesta terça-feira, 20 de setembro, às 20h, na Pinacoteca Universitária.

Criado para explorar os limites individuais e coletivos do esquecimento, Eternecer consolida uma parceria que nasceu há mais de um ano e meio entre as artistas alagoanas. Embora tenham estilos bem diferentes, Camila e Karla conceberam a ideia estética desse projeto juntas; partiram de uma mesma base para produzir uma interpretação livre e, por isso, complementar. Ambas revelam estilos simultaneamente fortes e delicados utilizando a fotografia como principal instrumento de manejo e provocação.

Preocupadas em estender à técnica as próprias fantasias, as artistas optaram por utilizar equipamentos analógicos de 35mm e médio formato, tanto em cores como em preto e branco. “A intenção foi usar técnicas consideradas ‘antigas’ ou ‘ultrapassadas’ para expressar um conceito contemporâneo”, explica Karla. A exposição conta ainda com uma instalação e videoarte e estará em cartaz no período de 21 de setembro a 28 de outubro. Além disso, Eternecer também faz parte da 5ª Primavera dos Museus, evento nacional organizado pelo IBRAM cujo tema será “Mulheres, Museus e Memórias” e será realizado até o dia 25 de setembro.

Sobre as artistas

Camila Cavalcante é alagoana e explora a relação entre arte e fotografia há nove anos. Foi premiada em dois concursos nacionais e participou de várias exposições individuais e coletivas no Brasil e exterior. Concluiu mestrado em fotojornalismo na University of Westminster, em Londres, Reino Unido, onde mora e trabalha há três anos.

Karla Melanias é artista alagoana e tem realizado exposições individuais e coletivas no Brasil, Espanha e Portugal, onde residiu em 2010. Mestre em Antropologia Cultural, também lecionou fotografia e realizou pesquisa acadêmica sobre coleção fotoetnográfica e imagem indígena. Dedica-se há dois anos exclusivamente à arte.