Destaques da Bienal: conheça os convidados e confira programação
Durante os nove dias da V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, grandes nomes da literatura alagoana e nacional, alguns já conhecidos do público, outros estreantes na Bienal, vão participar de palestras, mesas redondas, oficinas, lançamentos e bate-papo com leitores. A seguir, um resumo dos currículos de alguns dos principais convidados da Bienal, os temas, os dias e horários da participação dos mesmos no evento.
- Atualizado em
Audálio Dantas (Patrono)
Patrono desta edição da Bienal Internacional do Livro de Alagoas, o jornalista Audálio Dantas, alagoano de Tanque D’Arca, iniciou sua carreira no início da década de 50, como repórter da Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo), passando em seguida pelas redações das revistas O Cruzeiro, onde foi redator e chefe de reportagem; Quatro Rodas, nas funções de editor de turismo e redator-chefe; Realidade, como redator e editor; Manchete, como chefe de redação; e Nova, como editor. É reconhecido por sua atuação determinada à frente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, como deputado federal por São Paulo e na liderança da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) no combate à censura e repressão política. Em 1981, recebeu, na ONU, o Prêmio Kenneth David Kaunda de Humanismo. Na Bienal, vai integrar a da mesa redonda “Jornalismo Literário”, junto com Ricardo Kotsho e Fernando Morais, no sábado, 29, às 15 horas.
André Trigueiro
Professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, André Trigueiro é pós-graduado em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ, onde hoje leciona a disciplina “Geopolítica Ambiental”. É autor de obras ligadas à gestão ambiental, entre elas, "Meio Ambiente no século XXI", e “Espiritismo e Ecologia”. Desde 1996 vem atuando como repórter e apresentador do “Jornal das Dez“ da Globo News, onde também produziu, roteirizou e apresentou programas especiais ligados à temática socioambiental, a exemplo de “Cidades e Soluções”, tendo recebido diversos importantes prêmios nacionais e internacionais. Também é comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro. No sábado, 22, às 18 horas, ele estará na Bienal falando sobre “Espiritismo e Ecologia” e, no domingo, 23, às 10 horas, voltará a falar sobre a temática ambiental, com foco nas “Questões Ecológicas e Jornalismo”.
Fernando Morais
Autor de “Olga”, “Chatô, o rei do Brasil” e “Corações sujos” (todos transformados em filmes) entre outras obras, o escritor, jornalista e político mineiro Fernando Morais atua, profissionalmente, desde 1961. Tem livros traduzidos em 19 países. O relato de uma viagem a Cuba, no livro “A Ilha”, foi o seu primeiro sucesso editorial. Em seu mais recente livro, "Os últimos soldados da Guerra Fria", o autor fala sobre agentes secretos infiltrados por Cuba em organizações de extrema direita nos EUA. Morais trabalhou nas redações do Jornal da Tarde, Veja, Folha de S. Paulo, TV Cultura e portal IG, tendo conquistado três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril de Jornalismo. Na Bienal, vai proferir palestra sobre “Jornalismo Literário”, na sexta-feira, 28, às 19 horas, junto com Teresa Ribeiro; e integrar a mesa redonda “Jornalismo Literário”, junto com Ricardo Kotsho e Audálio Dantas, no sábado, 29, às 15 horas.
José Marques de Melo
Jornalista, professor universitário, escritor, pesquisador científico e consultor acadêmico. Alagoano de Palmeira dos Índios, Marques de Melo é pós-graduado em Ciências da Informação Coletiva no Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunicação para a América Latina, no Equador. Foi o fundador da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), e atualmente, é docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, sendo Titular da Cátedra Unesco de Comunicação para o Desenvolvimento Regional. No domingo, 23, às 14 horas, ele estará presente no simpósio “A Hora e a Vez de Luitgarde”, junto com os professores da Ufal Bruno César Cavalcanti, Douglas Apratto, Sônia Jaconi e Magnolia Rejane Andrade. Já na quarta, 26, será um dos componentes da mesa redonda sobre o “Centenário de Nelson Werneck Sodré”.
Jessier Quirino
Arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção. È assim que o próprio paraibano Jessier Quirino se define. Interessado na causa poética nordestina, diz que persegue fatos e histórias sertanejas com olhos e faro de rastejador, tendo publicado vários livros de poesia para adultos e crianças entre eles “Paisagem de Interior”, “Agruras da Lata D`água”, “O Chapéu Mau e o Lobinho Vermelho” (infantil), “Prosa Morena”. Apesar da agenda artística literária sempre requisitada, ainda atua na arquitetura, tendo obras espalhadas por todo o Nordeste, principalmente na área de concessionárias de automóveis. No sábado, 22, ás 19 horas, Jessier participará da Bienal, com a paletra “Poesia Popular”.
Lêdo Ivo
Poeta, romancista, contista, cronista, jornalista e ensaísta – nasceu em Maceió (AL) em 1924. É membro da Academia Brasileira de Letras e Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Alagoas. Em 1944, Estreou na literatura, em 1944, com As Imaginações, poesia, e no ano seguinte publicou Ode e Elegia, distinguido com o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras. Nos anos subseqüentes, sua obra literária avoluma-se com a publicação de livros de poesia, romance, conto, crônica e ensaio. Entre as suas várias publicações estão: As Alianças (1947) e Ninho de Cobras (1973), A cidade e os dias (1957),Lição de Mário de Andrade (1951) e A ética da aventura (1982). Em 2004, publicou a primeira edição de suas obras completas, com seis décadas de poesia e prosa. Na Bienal, será o palestrante da abertura do VII Encontro Estadual do Proler (Comitê Maceió), com o tema: “A biblioteca e a arte de contar histórias: um caminho para uma sociedade leitora”, na terça-feira, 25, às 19 horas. E, na sexta-feira, 28, das 10 às 12 horas, participará da mesa redonda “Poesia em movimento”.
Marion Aubrée
Professora e antropóloga, a francesa Marion Aubrée é doutora em Etnologia, Antropologia e Ciência das Religiões pela Universidade de Paris VII e pesquisadora integrante do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, de Paris (CRBC/EHESS). Há mais de 30 anos, Marion estuda as diversas formas de religião, tendo o Brasil como palco de grande parte de suas pesquisas. Com livro sobre espiritismo kardecista e tendo organizado vários outros, publicou cerca de 60 artigos em cinco línguas diferentes, embasados em suas pesquisas. Na Bienal, Marion proferirá a palestra “A Mesa, o livro e os Espíritos”, no sábado, 22, às 16 horas.
Ricardo Kotscho
Jornalista há mais de quatro décadas, Ricardo Kotscho tem mais de 3 mil reportagens, mais de 20 livros publicados, quatro prêmios Esso, dois prêmios Vladimir Herzog.Já trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira, nas funções de repórter, repórter especial, editor, chefe de reportagem, colunista, blogueiro e diretor de jornalismo. Esteve dois anos à frente da Secretaria de Imprensa do Governo Lula e, atualmente, é comentarista do Jornal da Record News e repórter especial da revista Brasileiros. Durante a Bienal, vai apresentar, no sábado, 29, às 15 horas, a mesa redonda “Jornalismo Literário”, junto com Audálio Dantas (patrono) e Fernando Morais.
Rubem Alves
Mineiro da cidade de Boa Esperança, Rubem Alves é escritor, teólogo, psicanalista, educador e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Tem um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno. Por causa de sua formação eclética tem produzido livros que transitam por diversos temas, mas os principais são a teologia e a educação. Ensinar é descrito por Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Rubem Alves será um dos convidados na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas no dia 30 de outubro com a palestra “A contação de estórias no processo leitor” .
Thalita Rebouças
Nascida no Rio de Janeiro em 1974, Thalita Rebouças vem dominando o ranking dos escritores brasileiros que mais vendem livros do gênero infanto-juvenil no país. Aos 10 anos de idade, Thalita se autodenominava “fazedora de livros” e em 2001 resolveu tornar real o sonho de ser escritora. Os livros da escritora e jornalista abordam temas comuns entre os adolescentes, a exemplo de conflitos entre pais e filhos e entre alunos e professores retratados nas obras “Fala sério, pai!”; “Fala sério, mãe!”, e “Fala sério, professor!”, bem como as primeiras experiências amorosas e a paixão pelos ídolos teen, nos títulos “Tudo por um namorado”; “Ela disse, ele disse!”, “Tudo por um popstar” e “Era uma vez minha primeira vez”. Na Bienal, Thalita vai se apresentar no sábado, 22, às 16 horas, com a palestra “Ler é bacana”.
Professor Pasquale
Filho de imigrantes italianos, Pasquale Cipro Neto licenciou-se em Letras na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Professor de português desde 1975, é também colunista dos jornais Folha de S.Paulo, O Globo e Diário do Grande ABC, entre outros, e da revista literária Cult. É o idealizador e apresentador do programa Nossa Língua Portuguesa, transmitido pela Rádio Cultura (São Paulo) AM e pela TV Cultura, e do programa Letra e Música, transmitido pela Rádio Cultura AM. Tornou-se mais conhecido ao popularizar a interpretação de textos e em especial as dúvidas de gramática, levando-a à televisão em 1994 e utilizando exemplos de textos jornalísticos, poemas e músicas, entre outros, para embasar suas explanações. Na Bienal, proferirá a palestra “Nossa Língua Portuguesa – uma conversa com o professor Pasquale”, na quinta-feira, 27, das 14 ás 17 horas.
Confira a programação completa no site da Bienal: