Plano Nacional de Educação é tema de palestra no Congresso Acadêmico
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Diana Monteiro – jornalista
Enfocando as metas que tratam do ensino superior contidas no Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso Nacional, a reitora da Universidade Federal do Mato Grosso, Maria Lúcia Cavalli Neder, afirmou que é fundamental que o plano seja uma política de Estado. Afirmou que para atingir o objetivo proposto é preciso que haja um sistema de integração nacional articulado dos níveis infantil ao superior, constando como prioridade a erradicação do analfabetismo no país.
Em entrevista à Assessoria de Comunicação, na tarde desta terça-feira, 18 de outubro, a reitora Maria Lúcia Cavalli, que é doutora em Educação e referência nas áreas de Educação a Distância e Formação de Professores e vem realizando palestras sobre o Plano Nacional de Educação em todo o país, informou que vinte metas com inúmeras diretrizes integram o PNE e que é resultado de discussões estaduais, regionais e nacionais. Destacou que, nos últimos oito anos, houve ampliação no ensino fundamental, médio e superior, mas o foco a partir do PNE proposto para o Brasil nos próximos dez anos (2011 – 2020) é principalmente a qualidade.
“Em termos quantitativos, houve a criação de 14 universidades, 126 campi e mais de 200 escolas técnicas, mas essa ampliação tem que ocorrer de forma qualificada. No ensino superior, no que se refere à meta 12 do PNE, há muitos desafios em termos quantitativos, com a garantia no mínimo de 35% da população de 18 a 24 anos ao acesso à educação superior, a exemplo do Chile e Argentina. Atualmente, no Brasil, o acesso é de apenas 13,1%. Na Coreia do Sul, 70% dos jovens da mesma faixa etária têm acesso ao ensino superior”, enfatizou.
No auditório Nabuco Lopes, dentro da programação do VIII Congresso Acadêmico, a reitora Maria Lúcia Cavalli disse que é imprescindível que todos abracem a educação por ser uma área muito complexa. Em sua palestra “PNE: Ações Estratégicas para o ensino superior (metas 12, 13 e 14) e formação de professores (metas 15 e 16)”, a reitora citou a Educação como Centro de Desenvolvimento Nacional e do PNE como instrumento para avanços na educação brasileira, ambos dotados de diretrizes e princípios.
“A meta 13 trata de se elevar a qualidade e ampliação de mestres (75%) e doutores (35%) e considero uma meta ambiciosa. A 14 trata-se de elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu em todos os níveis. Entre os desafios estão assegurar uma proporção não inferior a 50% das matrículas nas instituições de ensino superior; assegurar a interiorização das instituições públicas; garantir a oferta de cursos superiores em todas as regiões do país para que haja um equilíbrio regional em termos de oportunidades; e garantir também a expansão de cursos noturnos”, afirmou a reitora Maria Lúcia Cavalli.
Reafirmando a importância de investimento para efetivação do Plano Nacional de Educação, ela informou que serão destinados 7% do Programa Interno Bruto, mas que há mobilização para que o investimento atinja 10% do PIB.