Público lota Teatro Gustavo Leite para apresentação da peça “ O Patinho Feio”

Cibele Tenório - jornalista 

As famílias que vieram à V Bienal do Livro de Alagoas no último domingo (23) tinham programação certa: assistir ao espetáculo “O Patinho Feito”, montagem da ATA- Associação Teatral das Alagoas – que teve apresentações em duas sessões gratuitas, uma pela manhã e uma à tarde.

Uma grande fila de espera se formou no mezanino do Centro de Convenções Ruth Cardoso com famílias que esperavam a hora de entrara no Teatro. Os pais Marcos Aurélio e Cláudia Paiva trouxeram a filha Ana, de 04 anos pra passear na Bienal e assistir ao espetáculo. “Eu já tinha visto na programação que teria a peça e achei uma oportunidade ótima, pois muitas vezes ir com a família toda ao teatro fica muito caro e aqui a gente conseguiu fazer isso”, disse Cláudia.

A ATA participou das duas últimas edições da Bienal com peças adultas e pela primeira vez apresenta um espetáculo infantil no evento. “A gente percebe que as crianças ficam encantadas. Esse conjunto de elementos: cenários, figurinos, a música, tudo isso cria uma atmosfera de sonho pra criança. Sem falar que só o texto de 'O Patinho feio' já garante 50% do sucesso de um espetáculo como este”, comenta o presidente da ATA, ator, pesquisador e professor de teatro,Ronaldo de Andrade.

Bullying - O presidente da ATA destacou ainda a atualidade do tema do espetáculo. “Apesar de ser um texto do século XIX, ele é muito atual pois trata da diferença, da aceitação. Passa inclusive pela questão do bullying que é tão debatida hoje”, destacou.

O Patinho Feio estreou em 2009 nos palcos do Teatro Deodoro. Sua ótima recepção pelo público rendeu-lhe também criticas favoráveis sendo considerado o melhor espetáculo infantil de 2009 pela comissão julgadora de um blog especializado em cultura e artes. O espetáculo voltou a ser encenado na Bienal no mês de comemoração dos 56 anos da associação fundada pela atriz alagoana Linda Mascarenhas.

O texto original do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, ganhou adaptação de Lauro Gomes, direção de Davi Farias, figurinos e cenários do artista plástico Agleu Novais, direção musical de de Mácleim e coreografias de Maria Emília Clark. O espetáculo deve voltar aos palcos alagoanos no próximo mês ainda sem data definida.