Parceria com a Rede Ipê amplia o acesso à internet avançada na Ufal
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Myllena Diniz – estudante de Jornalismo
A Sala dos Conselhos Superiores Eduardo Almeida da Silva, no prédio da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas, sediou na última segunda-feira, 7, a cerimônia de entrega da nova capacidade da Rede Ipê para ampliação do acesso à internet avançada nas instituições de ensino e pesquisa.
A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), por intermédio da Rede Acadêmica Nacional - a Rede Ipê -, promove o desenvolvimento tecnológico de novos protocolos, o uso inovador de redes avançadas, provê suas aplicações e garante serviços de internet que possibilitam melhores condições de pesquisa e integração entre ciência, tecnologia, educação, saúde e cultura. As 500 instituições de educação superior e de pesquisa conectadas, os 27 pontos de presença da Rede Ipê nas capitais do país e os 3.500.000 usuários que usufruem de uma rede avançada representam a missão da RNP, comprometida com o trânsito da internet de produção e com o empreendimento de projetos de Tecnologias da Informação e Comunicação.
O início da solenidade se deu com a exibição de um vídeo institucional da RNP com caráter explicativo, no qual estiveram presentes as informações sobre a nova capacidade da Rede Ipê. A mesa de abertura do evento foi composta pela reitora da Universidade Federal de Alagoas, Ana Dayse Dorea, pelo vice-reitor, Eurico Lôbo, pelo Diretor de Serviços e Soluções da RNP, José Luiz Ribeiro, pela presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), Janesmar Cavalcanti, e pelo coordenador de administração do Ponto de Presença de Alagoas (POP-AL), Georgenei Neri, que fez um relato das transformações registradas na Fapeal nos últimos dois anos, com a melhoria do sistema de tecnologia e informação.
A análise de Janesmar Cavalcanti destacou a jornada vitoriosa da instituição, a aposta nas parcerias e enfatizou a relevância da interiorização da Universidade. “Tive a oportunidade de observar o crescimento da Fapeal e como a Rede ajudou a sustentá-la. É uma equipe que tem se desdobrado. Trata-se de uma política de parceria entre o Governo Federal, através da Fapeal e Secretarias de Ciência e Tecnologia, que tem feito isso com sustentabilidade. Necessitamos fortalecer o processo de interiorização das Universidades para levar ciência e tecnologia para essas regiões”, ressaltou a presidente da Fundação.
Na sequência, o diretor da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), José Luiz Ribeiro, representando a direção da organização, reiterou a parceria da Rede com a Universidade Federal de Alagoas, falando sobre o surgimento da iniciativa e dos grandes desafios para os próximos anos. “A ideia partiu da necessidade de que cada Estado da Federação tivesse um ponto de presença. Estabelecemos essa meta e resolvemos apostar em tecnologia com fibra óptica. Nós conseguimos uma parceria importante com a Anatel. A Oi é obrigada a investir 50% do recolhimento obtido, que equivale a 80 milhões, em pesquisa e desenvolvimento. Em Alagoas, essa parceria vai permitir melhorar as relações com as demais localidades do Brasil e do exterior. Com o desafio da interiorização, precisamos fazer com que isso chegue às cidades menos favorecidas. Precisamos de articulação, de parceria, de ciência e tecnologia. Temos como meta para 2016: atender às sedes do interior com 1 Gbps e às sedes das capitais com 100 Gbps. Sabemos que, com isso, a Universidade ampliará as pesquisas”, explicou José Luiz Ribeiro.
De acordo com o vice-reitor da Universidade, Eurico Lôbo, o projeto pretende atender às expectativas da comunidade acadêmica. “Isso me parece essencial para nós, usuários, que precisamos de um sistema que funcione. Para que usemos para questões técnicas, para pesquisas e produção. Precisamos disponibilizar isso para nossas instituições no interior, para que lá nossos pesquisadores tenham o que os da capital têm. As parcerias da instituição com a Fapeal, com o Governo Federal, com a Anatel, com a Rede, com a Secretaria de Ciência e Tecnologia são necessárias para que as instituições possam trabalhar”, preconizou o vice-reitor.
A parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, através da Rede Ipê, possibilitará o avanço das pesquisas acadêmicas realizadas na Universidade Federal de Alagoas. Nessa perspectiva, a reitora Ana Dayse Dorea registrou a necessidade que a Universidade tem de caminhar com a modernidade e de desenvolver um trabalho com avanço tecnológico. A reitora também buscou esclarecer o significado e a implicação desse processo. “A Andifes tem tido uma voz muito forte junto à RNP para possibilitar o avanço tecnológico no Brasil, mas temos muitas dificuldades num país tão grande como o nosso. Então, precisamos estar conectados, interligados e estabelecer parcerias”, afirmou. Em seguida, fazendo referência às responsabilidades do projeto, complementou: “Temos que questionar a funcionalidade do POP, que política de Núcleo de Tecnologia da Informação temos que pensar para atender às demandas do Estado. É importante entender o que é a RNP, o que é a Rede Ipê e buscar as transformações para o Estado. O que nós fazemos e produzimos é buscando o desenvolvimento desse país. Esse momento é para atender a uma necessidade nossa, mas precisamos entender a nossa responsabilidade. O quê nós, com essa ampliação [da Universidade], precisamos fazer? Por que inovar? A modernização do mundo nos permite incluir”.
Aproximadamente, 800 instituições - nesse número encontramos a maior parte das unidades de pesquisa e ensino da rede pública do país, além de escolas técnicas, hospitais e outras organizações - estão conectadas à Rede Ipê e usufruem, dessa forma, de internet de alta velocidade.