Classificação do SiSU: 59% dos primeiros colocados na Ufal são de Alagoas

Dia 26 de janeiro, candidatos devem se inscrever em lista de espera, para tentar vaga em casos de desistências


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Reitor Eurico Lôbo e a vice Rachel Rocha em reunião com equipe discutem dados do SiSU
Reitor Eurico Lôbo e a vice Rachel Rocha em reunião com equipe discutem dados do SiSU

Simoneide Araujo – jornalista

A maioria dos primeiros colocados nos 107 cursos da Universidade Federal de Alagoas, no Sistema de Seleção Unificada (SiSU), é da Região Nordeste. Cerca de 59% dos primeiros lugares na classificação são alagoanos. Os números ainda são preliminares e não representam o resultado final porque a relação divulgada é referente à primeira chamada, cuja matrícula está marcada para os próximos dias 19 e 20, nas unidades de cada curso, nos campi Arapiraca, do Sertão e A.C. Simões, em Maceió.

A segunda chamada será feita pelo SiSU, em 26 de janeiro, e quem estiver na lista fará matrícula dias 30 e 31. Também no dia 26, o SiSU abrirá inscrição para lista de espera. O candidato que estiver próximo da média de classificação deve ficar atento e se inscrever. Se houver desistência dos classificados nas duas chamadas, o sistema só vai considerar quem tiver feito essa opção no próprio site do sistema.

Na relação da primeira chamada, a Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) constatou, em números preliminares, que, dos 5.128 classificados nos 107 cursos oferecidos na Ufal, pelo SiSU, a maioria é do Nordeste. "O que, no geral, todos comentavam é que haveria uma demanda alta do Sul e Sudeste do País, mas isso não ocorreu. O maior número é do Nordeste mesmo", revelou o reitor Eurico Lôbo.

O número de vagas, na Ufal, preenchidas por alagoanos é cerca de 50%, mas esse percentual pode chegar a 70% ou 75% após a segunda chamada. "Tivemos um dado muito positivo que é o preenchimento de todas vagas ofertadas. Antes, cerca de 10% delas ficavam ociosas em alguns cursos, principalmente nas licenciaturas. Agora, a realidade tende a ser bem diferente. Isso significa maior percentual de alagoanos que vai ingressar na nossa universidade", assegurou o reitor.

Qualidade do ensino

Para Eurico Lôbo, a procura pelos cursos da Ufal reflete a qualidade do ensino de uma universidade que se destaca no ranking das instituições do Norte e Nordeste. “Os números dessa primeira chamada não são definitivos. O cenário vai mudar e dizemos isso baseados em números do próprio Ministério da Educação, que tem registrado um índice alto de mobilidade. Isso significa que cerca de 40% dos classificados na primeira chamada efetuam a matrícula, por isso, ainda é cedo para termos números reais. Esse fato é observado nos estados onde o Enem/SiSU está em sua segunda ou terceira edição”, explicou.

Ele comentou que ainda é cedo para fazer uma análise sobre o novo sistema. "É o primeiro ano que participamos e estamos certos que o Exame Nacional do Ensino Médio, por ser um sistema federal, representa a democratização do acesso à universidade pública brasileira. Esse é um fator importante. Se focarmos o caso de Alagoas, nós saímos de um número de nove municípios que antes realizavam as provas do antigo processo seletivo da Ufal para as atuais 23 cidades. Isso representa oportunidade para que mais alunos alagoanos acessem o ensino superior", ressaltou, lembrando que o resultado do SiSU poderá servir de parâmetro para melhorar a qualidade do ensino médio no Estado.

Números atuais

No curso de Medicina, cerca de 60% dos classificados são alunos do Nordeste; 14% é de Alagoas. Os números da região também se destacam em Odontologia (90%), Direito (86,5%), Engenharia Civil (87,5%), Enfermagem (100%), Engenharia de Petróleo (85%) e Arquitetuta (65%).

Os números atuais em relação a Alagoas também estão em alta: Engenharia de Agrimensuras teve 87% de alagoanos classificados; Engenharia de Computação, 70%; Engenharia de Petróleo, 58%; Engenharia Ambiental, 90%; Letras Português, 88%; Ciências Contábeis, 75,5%, e Design, 60%.