Ufal garante investimentos para ações culturais

Compromisso foi assumido pela vice-reitora Rachel Rocha, durante reunião nesta quinta-feira


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Vice-reitora Rachel Rocha em reunião com representantes dos equipamentos culturais da Ufal
Vice-reitora Rachel Rocha em reunião com representantes dos equipamentos culturais da Ufal

Lenilda Luna - jornalista

A Universidade Federal de Alagoas vai investir em projetos para melhorar as ações culturais desenvolvidas dentro e fora do Estado. Esse foi o resultado da reunião realizada, nesta quinta-feira (19), entre a vice-reitora Rachel Rocha e representantes dos setores da instituição responsáveis pela área de difusão cultural.

O objetivo do encontro foi avaliar a situação atual dos equipamentos culturais da universidade – Pinacoteca, Museu Théo Brandão, Museu de História Natural, Coral e Orquestra de Câmara – e planejar ações para os próximos quatro anos. “Como antropóloga, tenho muita proximidade com alguns desses equipamentos, mas, independente disso, investir em ações culturais de forma ampla é uma prioridades da nossa gestão”, afirmou a vice-reitora.

O pró-reitor de Extensão, Eduardo Lyra, destacou a mudança de postura da atual gestão, ao incluir essa área com prioridade em seu plano estratégico. “A ação cultural sempre foi importante para a universidade, mas agora passa a ser uma política de gestão e a fazer parte do planejamento estratégico da instituição. Com isso, acreditamos que teremos mais investimentos nessa área”, disse.

O novo coordenador de Extensão Cultural, Sérgio Onofre, revelou que assumir a tarefa é um desafio. “Voltar a desenvolver atividades culturais nos três campi da universidade é algo desafiador e, ao mesmo tempo, estimulante. Por isso, comecei a fazer um levantamento do que temos a oferecer à sociedade alagoana e o que precisa ser melhorado”, declarou.

Conquistas

No primeiro encontro com a nova gestão, os representantes dos setores da área cultural falaram das principais conquistas, mas também relataram as dificuldades.

A coordenadora da Pinacoteca Universitária, Geisa Brayner, informou que está em processo de avaliação dos candidatos às exposições de 2012, destacou a qualidade dos trabalhos já expostos em anos anteriores e solicitou apoio para melhorar a estrutura do local. “Temos tido muito sucesso de público e oferecido exposições de ótima qualidade, mas precisamos investir na adaptação do espaço para valorizar nosso próprio acervo e para poder apresentar uma exposição permanente”, enfatizou.

O diretor do Museu Théo Brandão, Wagner Chaves, disse que a situação da Casa da Cultura Popular Alagoana é bem diferente. “Temos um acervo de exposição permanente bastante significativo; só de Literatura de Cordel, são quase dois mil folhetos, além de documentos históricos, peças representativas da cultura popular e muitas fotografias. No entanto, precisamos abrir espaço para exposições temporárias, voltadas para os artistas populares de Alagoas”, ressaltou.

Wagner Chaves também destacou a renovação da equipe, com funcionários recentemente aprovados em concurso. “Estamos contratando um museólogo e um bibliotecário, que devem começar a atuar em fevereiro. Mas ainda queremos um profissional da área de educação para planejar melhor as atividades com as escolas”, disse.

História Natural

O diretor do Museu de História Natural, Fábio Henrique Ferreira, fez algumas ponderações  sobre a atual situação do local e dos problemas de infraestrutura,  mas também destacou os aspectos positivos do trabalho realizado pela equipe. “Temos uma relação muito próxima com as escolas, que nos enviam visitantes desde o maternal até o ensino médio. Todos interessados em conhecer nosso acervo em Ciências Naturais”.

Fábio Henrique também ressaltou que o museu mantém pesquisas importantes na Mata Atlântica e no Sertão. “Um exemplo de nossa atuação destacada é a recente descoberta do esqueleto de uma preguiça gigante, um animal extinto há mais de dez mil anos, em uma área de pesquisa no município de Piranhas”, registrou.

Área musical

O maestro da Orquestra de Câmara, Nilton de Souza, e o regente do Coral da Ufal, Gustavo Campos Lima, pediram apoio para superar as dificuldades existentes e, principalmente, com relação as viagens para apresentação em outros Estados.

A vice-reitora ouviu todas as solicitações e se comprometeu a buscar soluções para cada área. “Vamos encaminhar os projetos e realizar os investimentos necessários para melhorar as ações culturais realizadas pela universidade”, garantiu.