Trote Solidário atrai calouros de Psicologia
Alunos plantaram várias mudas de ipê, craibeira e abiu-de-macaco
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O fim do tradicional trote dos calouros da Universidade Federal de Alagoas, realizado todos os anos na Praça Sinimbú, fez com que veteranos do curso de Psicologia buscassem alternativas criativas para comemorar a aprovação dos recém-chegados na instituição. A ideia escolhida é rica em significados e traz o nome “Trote Solidário”.
A iniciativa consistiu na plantação de mudas de árvores em regiões próximas ao Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), no Campus Maceió. Além de ecológica, a proposta é metafórica. Nesse momento, os novos alunos estabeleceram o primeiro vínculo com a instituição e já deixaram suas marcas.
Não é a primeira vez que ideias desse tipo acontecem na universidade. Em fevereiro do ano passado, calouros do curso de Enfermagem participaram de um trote semelhante, que incluiu doação de sangue, arrecadação de alimentos e plantação de árvores próximas à Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar).
No curso de Psicologia, foi a primeira vez que aconteceu essa atividade na recepção aos calouros. A ideia surgiu quando Iris Danielle Tenório, assistente administrativa da coordenação, percebeu que a iniciativa poderia criar um vínculo entre o aluno e a Ufal. “Ao plantar uma árvore na instituição, o aluno terá um elo vivo com a universidade. Na academia, o 'fera' vai amadurecer pessoal e profissionalmente, dessa forma, podemos dizer que ele vai crescer com a muda que plantou. Quando eles se formarem, a marca deles continuará aqui”, destacou.
Segundo Sara Matias, integrante do Centro Acadêmico, os calouros terão a responsabilidade de dar continuidade à atividade. “Além de plantar a muda, eles terão que regá-la sempre. É importante que cuidem da árvore até o término da graduação”, ressaltou.
As mudas foram fornecidas pelo Arboretum, que enviou um funcionário para dar as instruções sobre a forma de plantação e os cuidados necessários que os alunos devem ter com as plantas. Ipê, craibeira e abiu-de-macaco foram as mudas escolhidas, pois têm rápido desenvolvimento e, em cerca de dois anos, estarão bem estruturadas.
A atividade teve início quando as calouras Carolina Holanda e Karla Juliana plantaram o ipê-rosa que levava seus nomes. “É uma experiência diferente e que traz uma nova perspectiva de trote”, afirmou Carolina. Já Karla, apontou as vantagens que essa ação trará. “É uma proposta inovadora que, além de ser favorável ao meio ambiente, permite que a gente acompanhe a árvore ao longo do curso e deixe a nossa marca na Ufal”, avaliou a aluna.