Biblioteconomia inicia ano com projetos de especialização e prédio novo
Nova estrutura contará com cinco laboratórios e estrutura administrativa
- Atualizado em
Jhonathan Pino - jornalista
O bibliotecário tem um mercado em expansão, pois além de trabalhar em bibliotecas e centros de informação, também pode atuar com sistemas de informação em qualquer setor. É pensando nessa realidade, que os professores que integram o quadro do curso estão construindo um projeto de pós-graduação lato sensu voltado para a gestão de conteúdos, competências e tecnologias. A proposta será apresentada ainda este ano no Conselho Superior Universitário (Consuni).
Se aprovada, a especialização viria no mesmo ano em que o curso ganha novo prédio, que contará com estrutura administrativa e cinco laboratórios: dois vinculados à área de tecnologias da informação, um de preservação e conservação de documentos, outro de técnicas documentais e o último de gestão eletrônica de documentos. "O projeto desse prédio já foi licitado e tem previsão para ser entregue no fim de 2012", detalha Edivanio Duarte de Souza, coordenador do curso de Biblioteconomia.
O curso de Biblioteconomia da Ufal tem buscado parcerias para melhorar a graduação, a fim de formar bons profissionais para esse mercado em ascenção. Nessa perspectiva, a integração com Sistema de Bibliotecas da Ufal, a Universidade Estadual de Alagoas e a Associação Alagoana de Profissionais em Biblioteconomia (AAPB) já é uma realidade. "Estamos procurando integrar os espaços acadêmicos profissionais e associativos, congregando os professores ao processo de formação dos alunos e à entrada deles no mercado", relata o Edivanio Duarte
Ele ressalta que é a partir dessas parcerias que surgem as perspectivas de formação não só de profissionais integrados ao mercado tradicional, como as bilbiotecas escolares e os centros de documentação, mas que estejam capacitados também para trabalhar em sistemas de informação de qualquer setor empresarial. "A formação do bibliotecário é muitas vezes direcionada para o mercado tradicional, mas há uma tendência na ampliação de atuação do profissional nos outros setores de informação", acrescenta.
Formação e atuação profissional
As conquistas do único curso de Bilioteconomia de Alagoas ocorrem desde 1998, ano em que foi aprovado pelo Consuni, a partir de um projeto formulado pelas bibliotecárias Silvia Cardeal, hoje pró-reitora de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep) e Sueli Maria Goulart. Elas apresentaram a proposta após participarem da especialização em Administração e Gerência de Serviços de Informação, implantado na Ufal, com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Ensino Superior (Capes) e da Comissão Técnica designada pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd).
Se no início não havia professores efetivos, foi a partir de 2004 que se inciou a contratação deles. Atualmente são 12 docentes efetivos, sendo sete deles doutores.
Em média, são formados 20 alunos por semestre. "Eles saem daqui como profissionais encarregados do estudo, pesquisa, organização da informação registrada, para preservação e disseminação da memória cultural e do conhecimento científico e tecnológico", diz Edivânio. Em Alagoas, a maior parte das bibliotecas estaduais e municipais foram formados na Ufal.
Em agosto de 2011, manifestando a força do curso, a Ufal ajudou na organização do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (CCBB) e teve o Trabalho de Conclusão de Curso "O Guerreiro e a ação cultural: um estudo dos equipamentos culturais destinados à promoção da cultura popular", da aluna Mona Cleide Quirino, reconhecido como como melhor TCC da área em nível nacional.
Leia também: Bibliotecário: a missão de difundir a informação
Para mais informações sobre o curso e a profissão de bibliotecário, acesse o endereço eletrônico.