Comunidade universitária discute implantação de nova lei para HUs

Estudantes e servidores se manifestam contrários à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares


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Lenilda Luna - jornalista

O auditório da Reitoria esteve lotado na manhã desta segunda-feira, 5, durante o debate sobre a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares no Hospital Universitário (HU) A lei 12.550, sancionada no fim do ano passado, autoriza o governo federal a constituir a empresa com a finalidade de prestar serviços de assistência médico-hospitalar e ambulatorial nos hospitais universitários.

O debate foi promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), a Associação do Docentes da Ufal (Adufal) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE). A palestrante convidada, Claudia March, professora da Universidade Federal Fluminense, crítica a nova lei, porque, segundo ela, abre espaço para a privatização dos serviços oferecidos à comunidade e fere a autonomia universitária. “A captação de recursos da iniciativa privada para as atividades de ensino, pesquisa e assistência nos hospitais universitários vai aprofundar o processo de privatização desses serviços”, afirma a professora.

As entidades consideram ainda que a empresa, criada também para regularizar os prestadores de serviços nos hospitais universitários conveniados ao SUS, vai precarizar ainda mais os vínculos trabalhistas, já que esses servidores poderão ser contratados temporariamente, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “O HU é fundamental para a sociedade alagoana e não pode ser privatizado”, destacou Antônio Passos, diretor da Adufal.

Durante o debate, foi apresentado o Manifesto em Defesa do Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes. O documento pode ser lido no site http://forumsus.blogspot.com/