Projeto Lula Vive promove ensaios abertos no campus
No ano do centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, o forró toma conta da Tenda da Cultura Estudantil toda sexta-feira
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Estudantes de Artes promovem o projeto Lula Vive, com o objetivo de difundir a música nordestina de raiz em novos arranjos, letras e melodias, buscando a massificação do ritmo. Os alunos devolvem as ações este ano como forma de homenagear a memória de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, que completaria cem anos. além de pesquisas, debates e outras atividades, os estudantes vão realizar ensaios abertos todas as sextas, na Tenda da Cultura Estudantil, no Campus Maceió.
A proposta é levantar informações sobre como este ritmo marcou a história da música brasileira. Assim, os estudantes pesquisaram que Luiz Gonzaga começou a gravar a música nordestina em 1941, entre elas o Vira e Mexe (1941), Pé de Serra (1942), e Asa Branca (1947). Em 1949, Gonzaga gravou um disco de 78 rotações com duas canções: No lado A, Juazeiro e no lado B, Baião, ambas as parcerias com Humberto Teixeira. As duas vêm cadenciadas no ritmo recém-proposto, o baião. Em 1951, Luiz Gonzaga é consagrado "Rei do Baião", e sua monarquia foi soberana, desde o fim da década de 40 até meados da de 50.
O Baião era considerado "a coqueluche nacional", sendo cantado por várias cantoras do rádio, como Carmem Miranda, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, Marlene, Isaura Garcia e Carmélia Alves, a nossa Rainha do Baião, intérprete de Sabiá na Gaiola. O Baião rompeu as fronteiras nacionais, ganhando o mundo e sendo cantado em vários idiomas por todos os continentes, inclusive em japonês pela cantora Ikuta Keiko (1956).
Mais informações no blog do projeto