Reitor busca apoio de senadores para resolver insegurança em Arapiraca
Mobilização da Reitoria e da comunidade acadêmica resulta em revogação de liminar que impedia transferência de reeducandos
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Simoneide Araújo e Márcia Rejane - jornalistas
O reitor da Universidade Federal de Alagoas, Eurico Lôbo, esteve em Brasília para pedir apoio aos senadores em busca de soluções para a falta de segurança no Campus Arapiraca. Benedito de Lira, Fernando Collor e Renan Calheiros concordam que a saída é a retirada definitiva do presídio Desembargador Luís de Oliveira Souza.
Os parlamentares se comprometeram com o reitor em abrir negociação com o Ministério da Justiça, para captar recursos destinados à construção do novo presídio, e com o governo estadual, para encontrar saídas emergenciais enquanto a definitiva não chega. O senador Benedito de Lira disse ao reitor que já colocou o Ministério da Justiça a par da situação de vulnerabilidade da universidade em Arapiraca.
De acordo com Eurico Lôbo, como a desativação do atual prédio e a construção do novo presídio é uma ação de Estado, há a necessidade de se buscar apoio em todas as frentes. “Estamos vivendo uma grave situação no Campus Arapiraca, por isso a Reitoria está solidária à comunidade acadêmica e tem apoiado as reivindicações apresentadas. Não podemos brincar com vidas humanas. Precisamos encontrar saídas imediatas e de longo prazo para resolver definitivamente a situação de insegurança”, declarou.
O reitor disse ainda que os senadores destacaram o mérito da expansão da universidade e que essa iniciativa virou a página do Estado de Alagoas. “Todos concordam que a chegada da Ufal ao interior levou desenvolvimento para as respectivas regiões”, acrescentou.
Revogação de liminar
A união de esforços da Reitoria e da comunidade acadêmica, buscando apoio dos órgãos competentes e cobrando ações do governo já surtiu resultados. Na quinta-feira (11), o juiz Giovanni Jatubá, da 4ª Vara de Arapiraca, revogou a liminar que impedia a transferência de detentos do Presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza. Com a decisão, o governo do Estado poderá definir ações para desativar aquela unidade prisional e pôr fim aos problemas causados pelas fugas de reeducandos e consequente invasão do campus universitário.
Por causa da decisão do magistrado, o secretário estadual de Articulação Política, Rogério Teófilo, informou ao reitor que houve reunião com representantes do Judiciário, da Defensoria Pública e da Secretaria de Defesa Social. O objetivo foi construir alternativas técnicas para apresentar ao governador Teotonio Vilela a fim de melhorar a segurança, de imediato, e orientar o processo de desativação do atual presídio e construção do novo prédio.