Exposição de cédulas e moedas apresenta acervo raro
A ideia é expor na Biblioteca Centra do Campus Maceió a cada primeira quarta-feira do mês
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Deriky Pereira – estudante de Jornalismo
Tudo se iniciou com uma simples moeda de réis. Hoje, o engenheiro civil, arquiteto e professor do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente da Ufal, Luís Tarcísio Gomes Martins, possui uma coleção histórica de medalhas, cédulas e moedas oriundas de 120 países. Desde criança, ele tinha apreço por colecionar tais artigos, mas somente após a divulgação de seu acervo numismático numa revista de arquitetura em 2001 foi o que o motivou a organizar a sua coleção.
Realizada na Biblioteca Central do Campus A. C. Simões, na manhã da quarta-feira, 2, a exposição com essas raridades chamou a atenção de vários estudantes, que a cada momento, chegavam próximo ao local para observar. O professor revela que deseja continuar com as exposições, pois segundo ele, a intenção é montar, na universidade, um museu de numismática.
“Eu tenho uns 200 quilos de moedas, se for verificar, tem muitas duplicadas. Aí, a intenção é fazer um grupo, aqui na universidade, pra gente ficar trocando dinheiro. Você tem uma moedinha, que eu não tenho, aí eu lhe dou, você me dá... Cada moeda dessa tem uma história. Algumas eu tenho desde criança”, comentou.
O professor aproveitou para ressaltar que pretende realizar outras exposições, sempre na primeira quarta-feira de cada mês, na Biblioteca Central do Campus Maceió. “Pode ser uma exposição temática, com cédulas do Brasil comparando com as da África, com a Europa, podendo ter uma temática de políticos, de animais, com as cédulas só de plástico – o mundo todo faz dinheiro de plástico -, ou seja, podemos ter várias”, finalizou.
O que é Numismática?
Por numismática, entende-se o estudo essencialmente científico das moedas e medalhas, mas nos dias atuais, o termo vem sendo empregado como o ato de colecionar moedas, incluindo também o estudo dos “objetos monetiformes”, como, por exemplo, os jetons (emitidos por corporações a fim de identificar os seus membros) e pesos monetários (que servem para conferir os pesos das moedas em circulação), além de moedas particulares, que circulem apenas em fazendas e localidades restritas.
No Brasil, a ciência se desenvolveu a partir do século XIX, seguindo o modelo europeu. Por ser a classe mais instruída e por ter condições de formar coleções numismáticas, a aristocracia teve papel fundamental para o desenvolvimento da numismática no país. Apesar dos esforços, ela ainda não é muito bem difundida como em outros países, mas possui vários grupos de colecionadores, além de cursos e literatura sobre a sua evolução.