Mestres em Ciências do Esporte são aprovados em doutorados de referência

Grupo de pesquisa interdisciplinar da Faculdade de Nutrição atrai alunos de Educação Física


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Grupo de pesquisa em Ciências do Esporte da Fanut
Grupo de pesquisa em Ciências do Esporte da Fanut

Lenilda Luna - jornalista

O grupo de Pesquisa em Ciências do Esporte, da Faculdade de Nutrição (Fanut), investiga como uma dieta bem direcionada pode melhorar o desempenho de atletas em várias modalidades. Esse tema atrai muitos alunos de Educação Física, que fazem mestrado com essa linha de pesquisa. O grupo tem ainda parcerias com  universidades brasileiras e estrangeiras. Recentemente, alunos do mestrado em Nutrição, ligados ao grupo, defenderam as teses de mestrado e, logo em seguida, receberam a notícia da aprovação em doutorados de universidades de referência nessa linha de pesquisa.

O coordenador do grupo, Adriano Eduardo Lima da Silva, comemora a aprovação dos alunos. "Essas aprovações em universidades como USP [Universidade de São Paulo], Unifesp [Universidade Federal de São Paulo] e UFPE [Universidade Federal de Pernambuco] demonstram a qualidade da pesquisa realizada na Faculdade de Nutrição da Ufal. São indicativos importantes para que o nosso grupo tenha uma produção reconhecida na comunidade científica. Só para se ter uma ideia,  o doutorado em Educação Física da USP tem conceito 6 na Capes [Cordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], perto da classificação mais alta, que é 7. A Unifesp tem o mesmo conceito 6 e a UFPE tem conceito 5. Acredito que a entrada de nossos alunos nesses doutorados demonstram a qualidade do nosso programa de mestrado", ressalta Adriano.

Defesas de teses e aprovação no doutorado

As pesquisas realizadas pelo grupo de Ciência do Esporte, apresentadas em março deste ano,  foram as seguintes:  “Efeito da suplementação de cafeína sobre a relação de esforço/pausa, distribuição e eficiência dos ataques em lutas simuladas de taekwondo”, de Victor Gustavo Ferreira Santos;  “Efeito da depleção seletiva de glicogênio muscular das fibras do tipo I e II sobre a estratégia de prova em ciclismo de média duração”, de Carlos Rafaell Correia de Oliveira; "Efeitos da cafeína sobre a contribuição anaeróbica e desempenho após depleção de glicogênio muscular”, de Marcos David da Silva Cavalcante; e  “Efeito da ingestão de cafeína sobre o pacing em ciclismo de curta duração”, de  Ralmony de Alcântara Santos. As quatro pesquisas foram orientadas pelo professor  Adriano Eduardo.

Após serem titulados como mestres, os alunos buscaram doutorados de referência para continuar as pesquisas. Todos foram aprovados. Victor Gustavo, Carlos Rafaell  e Marcos David vão para a Escola de Educação Física e Esporte da USP. Já Ralmony de Alcantara cursará o doutorado na Unifesp. Além desses quatro alunos, mais uma nova mestra, da área de Nutrição, Thays de Ataíde e Silva, se juntou ao grupo de Ciências do Esporte e foi aprovada para o doutorado em Nutrição da UFPE. Ela desenvolve pesquisas sobre dieta e suplementação relacionadas ao exercício físico e metabolismo, sob a orientação da professora de Nutrição, Sandra Mary Lima Vasconcelos.

Superando as deficiências com parcerias

As conquistas do grupo são ainda mais valorizadas diante das dificuldades que precisam ser superadas para produzir as pesquisas. "Não temos aqui na Ufal uma grande estrutura de laboratório em Ciência do Esporte, mas criamos uma rede de colaboradores, com pesquisadores de São Paulo e da Austrália, que facilitam a mobilidade estudantil e nos permite utilizar os equipamentos de outros centros de pesquisa",  relata o professor Adriano Eduardo.

Os pesquisadores também "driblam" as deficiências com muita criatividade. "Temos a inovação doméstica. Por exemplo, o aluno José Wellington de Almeida Júnior, que é técnico em Eletrônica, desenvolveu um aparelho para medir a rapidez e a intensidade de alguns movimentos de atletas”, destaca Eduardo. Ele conta ainda que, a  pretensão dos pesquisadores é estabelecer parcerias dentro da Ufal para criar outros equipamentos que possibilitem a realização de mais trabalhos. “O desenvolvimento de aparelhos próprios é importante para as nossas pesquisas e também para estimular a produção inovadora dentro da universidade”, ressalta Adriano Eduardo.

Leia matéria sobre a apresentação das dissertações na Fanut.