Debate sobre transexualidade lotou o miniauditório da biblioteca
Mesmo durante a greve, estudantes e professores participaram ativamente da discussão
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Lenilda Luna - jornalista
O miniauditório da Biblioteca Central do Campus A. C. Simões ficou pequeno para a quantidade de pessoas que participaram do evento "Transexualidade em Debate", realizado nesta quinta-feira, 21. Os palestrantes Leonardo Tenório, Anne Rafaele, Alexsander Lima e Nádia Meinerz expuseram resultados de pesquisas e reflexões sobre as diversas formas de vivência da sexualidade entre homens e mulheres.
O debate foi proposto pelo curso de Psicologia e pelo Núcleo de Pesquisas sobre Gênero, Saúde e Direitos Humanos, do Instituto de Ciências Sociais (ICS). Vários temas foram abordados, como a transexualidade na literatura, o ativismo transexual e as atividades do Núcleo Interdisciplinar de Apoio a Transexualidade do Hospital Universitário. Também participaram da discussão os representantes do Fórum LGBT do Estado de Alagoas.
Uma das questões colocadas pelos palestrantes foi a necessidade de melhorar o atendimento médico, com serviços expecializados para os transexuais que desejam fazer mudança de sexo na rede pública de saúde. Os palestrantes defenderam que a cirurgia de adequação de sexo deve ser vista com menos preconceito, porque, para muitos indivíduos é uma forma de colocar a aparência física de acordo com a escolha sexual. Segundo os representantes dos grupos transexuais, a medicina deve contribuir para que essas pessoas não precisem viver em conflito.