Andes indica rejeição da proposta e intensificação da greve de professores
Comando Nacional de Greve do Andes destaca que a reformulação apresentada nesta semana não modifica a essência da proposta anterior
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Ascom Andes
O Comando Nacional de Greve do Andes, que reúne docentes das diversas instituições federais de ensino superior que aderiram à paralisação, divulgou na noite de quinta-feira, 26 de julho, a análise política da proposta feita pelo governo em reunião na terça (24), na qual encaminha pela rejeição da proposta, manutenção, intensificação e radicalização da greve.
No documento, o Comando Nacional de Greve do Andes destaca que a reformulação apresentada nesta semana não modifica a essência da proposta anterior, colocada na mesa no dia 13 de julho, 57 dias após o início da greve.
As diferenças entre as propostas do dia 13 e 24 foram expostas de forma detalhada na análise preliminar e enviadas à base. Em reunião, que teve início na manhã de quarta (25) e se estendeu até a madrugada de quinta, os professores elaboraram o texto que aponta quais as diferenças na reformulação feita pelo governo, em relação às reivindicações da categoria. Veja aqui a análise preliminar.
“A proposta continua negando a pauta da greve: reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho. O comportamento do governo na mesa de negociações vai do desrespeito à agressão e ameaças dirigidas às entidades que representam as categorias em greve”, denunciam os professores.
O CNG/ANDES-SN avalia que a versão da proposta apresentada em 24/07 mantém perdas salariais, consolida e aprofunda as distorções anteriormente introduzidas na carreira por diferentes medidas governamentais, fazendo persistir e ampliando a quebra da isonomia entre ativos, aposentados e pensionistas. No caso da carreira de EBTT, a introdução da Certificação de Conhecimentos Tecnológicos (CCT) representa claramente o desestímulo à capacitação docente e desvaloriza a titulação.
Ainda de acordo com o comunicado, “os aspectos conceituais apresentados pelo governo reforçam a hierarquização verticalizada, a lógica do produtivismo medido pelo atendimento de metas de curto prazo e pela competição predatória, as quais têm sido veementemente rejeitadas pela categoria”.
Segundo os docentes, ao contrário do que anuncia o governo, não há valorização da titulação, tampouco da dedicação exclusiva e do salário, na medida em que gratificações não incorporadas aos salários não são constitutivas de direitos. Não são apresentados percentuais remuneratórios definidos para regime de trabalho e mudanças de classes e níveis e sequer há reposição inflacionária para a maioria dos professores.
Em relação à formação de grupos de trabalho para solucionar posteriormente diversos pontos de tensionamento da negociação, “o movimento rejeita a concepção apresentada e qualquer possibilidade de resolver questões da pauta da greve em grupos de trabalho, armadilha esta que, em verdade, foi um dos motivos que impulsionou a greve”.
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