Andifes solicitará audiência com ministros para debater a greve
Reitores querem buscar celeridade na negociação entre governo e os sindicatos dos trabalhadores em greve
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Iara Malta - Ascom Andifes
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), decidiu em reunião do Conselho Pleno, na terça-feira, 10, que vai solicitar uma audiência para os próximos dias com o ministro da educação, Aloizio Mercadante e com a ministra do planejamento Miriam Belchior. Os reitores querem buscar celeridade na negociação entre governo e os sindicatos dos trabalhadores em greve nas Universidades Federais e discutir a orientação do comunicado nº 552047/ 48, do Ministério do Planejamento, enviado aos departamentos de recursos humanos das universidades no último dia 6 de julho.
O pedido de audiência foi deliberado pelos reitores durante a reunião, na qual avaliaram as consequências ocasionadas pela paralisação de quase dois meses. O maior questionamento foi a respeito do fato de serem inexeqüíveis técnica e juridicamente as orientações dadas pelo secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, e pela secretária de Gestão Pública. Chamou a atenção dos reitores a ausência das assinaturas dos ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão e Educação no expediente publicado.
De acordo com o presidente da Andifes, reitor João Luiz Martins, é necessário ouvir o ministro Aloizio Mercadante, assim como a ministra Miriam Belchior, sobre as medidas que constam no comunicado enviado diretamente aos dirigentes de recursos humanos dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, sem passar pelos reitores, dirigentes das universidades federais.
“O comunicado, em uma primeira análise, não acompanha as posições divulgadas pelo governo de diálogo e negociação em curso e desconhece a inexistência de registro de ponto para os docentes. Neste sentido, entre outras dúvidas jurídicas que precisam ser esclarecidas, a Andifes deliberou por encaminhar a solicitação de audiência com os dois ministros para que possamos debater a orientação deste comunicado, que certamente fere a autonomia das universidades”, disse o reitor.