Adufal e Comando de Greve pedem apoio do reitor à paralisação
Eurico Lôbo ouviu reivindicações e convidou docentes para um diálogo permanente
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Jhonathan Pino - jornalista
Representantes da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal) e do Comando Local de Greve foram recebidos pela gestão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), nesta terça-feira (7). O reitor Eurico Lôbo, a vice-reitora Rachel Rocha e pró-reitores conversaram sobre as reivindicações dos professores, que pediam o apoio do gestor da Ufal junto ao Ministério da Educação para a reabertura do diálogo e das negociações entre docentes e governo. Eles reafirmaram a decisão pela continuidade da greve e a intensificação da mobilização.
O presidente da Adufal, Márcio Barboza, falou ser essencial a participação do reitor na conquista dos direitos da categoria. “Gostaríamos que o magnífico reitor levasse a Brasília o posicionamento de Alagoas. Tenho certeza de que todos os outros reitores também vão atuar nesse sentido e acho que é fundamental a participação da Andifes nesse processo”, disse Barboza.
Os professores falaram sobre a insatisfação com a atitude do governo em firmar acordo com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) que representa apenas sete das 59 universidades federais existentes no País e dar por encerrada as negociações com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e o Sindicato Nacional do Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN), que representa 52 universidades federais.
Os diretores da associação debateram com a gestão sobre um dossiê de reivindicações locais, formulado a partir de assembleias e reuniões das representações estudantis e dos servidores docentes e técnicos da Universidade. O documento traz questionamento de várias ordens, como a cobrança de definição de uma política de qualificação de servidores e mudanças no sistema de votação do Conselho Universitário (Consuni). Os pró-reitores esclareceram alguns pontos, como a dificuldade na tomada de decisões locais, sem a decisão de uma política em nível nacional.
Para aprofundar a discussão sobre as reivindicações, o reitor falou da necessidade de estabelecer agenda permanente de reuniões entre as representações da categoria e a gestão. “Esses momentos são importantes para dialogar sobre interesses e propostas fundamentais para o desenvolvimento da Universidade. Estamos vivendo um momento delicado na sociedade, em que a educação deve ser definida como política de Estado. Temos que nos unir nessa direção, apesar dos papéis diferentes”, ressaltou o reitor.
“Nossa agenda permanece aberta às instituições sindicais para reuniões semanais e assim mantermos diálogo permanente”, disse Eurico Lôbo.