Pesquisa avalia potencial hídrico e ambiental das nascentes do semiárido
Estudo desenvolvido há dois anos pretende colaborar no planejamento para melhor uso do solo e dos recursos hídricos na região do município de Maravilha
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Pedro Barros - estudante de jornalismo
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aprovou a renovação do projeto "Avaliação do potencial hídrico das nascentes na serra da Caiçara no município de Maravilha, semiárido de Alagoas". Coordenado por Ana Paula Lopes da Silva, responsável pelo Setor de Geologia do Museu de História Natural (MHN) e professora do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema) da Universidade Federal de Alagoas, do trabalho tem o objetivo de mapear e avaliar a capacidade de abastecimento dos remanescentes hídricos.
O estudo se desenvolve desde agosto de 2011, no município de Maravilha/AL. "Com o zoneamento, vamos analisar vegetação, relevo, geologia, recurso hídrico e determinar o tipo ideal de atividade de uso e ocupação para aquela área", explicou a professora.
A capacidade de abastecimento da nascente é um tópico importante dos estudos, uma vez que no município há frequente falta de água. Em 2009, a área urbana de Maravilha foi abastecida durante uma semana pelas nascentes da serra da Caiçara. "Se elas conseguiram isso é porque têm uma vazão considerável. Foi o que chamou atenção e me levou a desenvolver o projeto", contou.
Segundo a pesquisadora, os dados recolhidos pela equipe vão auxiliar órgãos especializados para planejamento da ocupação, uso do solo e dos recursos hídricos das áreas estudadas. No âmbito acadêmico, a primeira etapa do projeto já resultou na monografia, em fase de conclusão, do estudante de Geografia, Fábio de Santana Araújo, "Estudos das nascentes na serra da Caiçara do município de Maravilha, semiárido de Alagoas".
O autor e os estudantes José Henrique dos Santos Silva e Lidyane Taís Almeida dos Santos irão apresentar os resultados do estudo em outubro, no Congresso Acadêmico da Ufal. A renovação do projeto irá contar com quatro alunas do curso de Geografia, sendo uma bolsista do CNPq e três colaboradoras.
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