Projeto avalia saúde nutricional nas escolas

Cerca de duas mil crianças do ensino fundamental das escolas públicas e privadas de Maceió serão avaliadas


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Professor Haroldo Ferreira conversa com os estudantes
Professor Haroldo Ferreira conversa com os estudantes

Manuella Soares - jornalista

Identificar o perfil nutricional dos estudantes de Maceió. Esse é o principal objetivo do projeto apresentado numa oficina na manhã desta quarta-feira, 29, pelo professor Haroldo Ferreira, do Laboratório de Nutrição Básica e Aplicada (Fanut) e presidente da Associação Alagoana de Nutrição. A ideia foi levada aos gestores de escolas públicas e privadas da capital e aos representantes da Secretaria Municipal de Educação, Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Alagoas, Conselho Regional de Nutrição e, Secretaria de Estado de Assistência e de Desenvolvimento Nutricional de Alagoas, no Hotel Enseada, na Pajuçara.

Intitulado “Avaliação da realização do direito humano à alimentação adequada entre alunos das redes pública e privada de ensino fundamental de Maceió”, pretende desenvolver a pesquisa numa amostragem de 20 escolas da capital. Até 2013, quase dois mil alunos com idade entre sete e dez anos, passarão por uma profunda investigação que correlaciona desde a alimentação diária, até a condição socioeconômica da família e as influências psicológicas da criança na escola.

Para chegar a um resultado, o professor Haroldo vai contar com a colaboração de um grupo de mestrandas do curso de Nutrição da Ufal. Elas vão realizar vários subprojetos paralelos que avaliam os aspectos higiênico-sanitários das instituições; nível de preparo dos professores para a educação alimentar dos alunos; disponibilidade de espaços para atividades físicas; acesso a alimentos prejudiciais à saúde dentro e fora da escola; além de avaliações físicas de peso, altura, pressão arterial, entre outros itens.

“Nem sempre estar alimentado quer dizer nutrido. Esse é um projeto aplicado nos escolares, mas já pensamos lá na frente, para a saúde dos futuros adultos e idosos. Se há investimentos agora, evitamos gastos com saúde pública depois”, comentou o professor Haroldo. A estimativa é de até 30 dias para iniciar o trabalho de coleta de dados nas escolas. Os gestores presentes na oficina se mostraram atraídos pela ideia do projeto.

“Nós sabemos que a criança bem alimentada se desenvolve melhor em sala de aula, então se a gente consegue identificar algum problema na parte nutricional, fica mais fácil tentar corrigir”, ressaltou a coordenadora de projetos da Escola Estadual Professor Virgínio de Campos. “Coloco o Conselho Regional de Nutrição à disposição para colaborar com esse projeto, e que ele se reverta em benefício à população, porque sabemos do real interesse em mudar a realidade em Maceió”, destacou a presidente do CRN, Ana Beltrão.