Alunos antecipam colação de grau em busca de novas conquistas
Discentes de Jornalismo, Zootecnia, Matemática e Geografia participaram da cerimônia
- Atualizado em
Jhonathan Pino - jornalista
Para iniciar o mestrado, ou para se regularizar no mercado de trabalho, não importa o motivo da urgência, mais oito alunos colaram grau nesta quarta-feira, 5, porque necessitavam seguir com as suas vidas. A vice-reitora Rachel Rocha comandou a cerimônia em seu Gabinete e conversou com os alunos sobre os motivos particulares para as suas saídas repentinas da Universidade, em pleno período de greve.
Sherliton Alves e Giselle Moreira são de cursos diferentes, Geografia e Matemática respectivamente, mas passaram no mesmo concurso da Secretaria de Educação do Estado de Sergipe e logo devem iniciar suas carreiras no magistério. “Como eu sou de Penedo, devo trabalhar pertinho da minha casa e por isso não precisarei mudar de Estado para trabalhar”, relata Giselle.
A antecipação de colação de Wendylane Neves e Sidney José se deu por motivo diferente: eles foram aprovados no Mestrado de Zootecnia da Ufal. A seleção ocorreu em junho passado, mas como a paralisação da Universidade ainda não terminou, tiveram que realizar a cerimônia antes da turma.
Já inseridos no mercado de trabalho, Bruno Albyran e Kleverton Almirante deram entrada em seus certificados porque seus empregadores o exigiram para que continuassem no emprego. Ambos agora são jornalistas, após serem bolsistas da Universidade e terminarem o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) juntos.
“Todos nós trilhamos um caminho em comum e esse momento simbólico significa o fechamento de um ciclo e o início de outro. A partir de agora devemos pôr em prática todo o conhecimento adquirido na Universidade, a serviço do nosso Estado”, abordou Albyran. O trabalho dos alunos, uma vídeo-reportagem chamada “Lei 4.667: Práticas discriminatórias em Maceió”, será exibido na Semana da Diversidade Sexual, no Cine Sesi, a partir do dia 18 deste mês.
“A universidade pública brasileira e os cidadãos desse país tem grandes expectativas sobre a atuação futura de vocês e espera que o retorno seja um exercício profissional ético, cidadão e que promova o desenvolvimento social desse país”, finalizou Rachel Rocha.