Estudante promove Oficina de Teatro do Oprimido
Aulas serão oferecidas nos próximos três sábados de setembro no Benedito Bentes
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Deriky Pereira – Estudante de Jornalismo
A partir deste sábado, 15, e durante os próximos dois sábados do mês de setembro, a população do complexo Benedito Bentes, localizado na parte alta de Maceió, terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a metodologia do Teatro do Oprimido (TO).
Por meio de exercícios, jogos e técnicas teatrais presentes em mais de 70 países, o estudante do curso de licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Alagoas, Udson Pinheiro, irá ministrar oficinas gratuitas para 30 participantes. As oficinas de TO serão realizadas das 14h às 19h na Escola Estadual Dom Otávio, que fica localizada na Rua A-20, situada no Benedito Bentes 1.
De acordo com o estudante, jogos, técnicas e exercícios serão utilizados, além da oportunidade para compartilhar com os alunos a vivência adquirida em suas recentes participações em seminários, palestras e atividades que tiveram como formandos multiplicadores de diversos estados do Brasil e países do mundo. “A intenção é estabelecer um grande diálogo artístico-cultural com este curso, que se expande até Maceió”, explica Udson.
Integrante do Laboratório Alagoano do Teatro do Oprimido (Lato) e multiplicador do TO desde o ano de 2008, Udson Pinheiro atua na Universidade Federal de Alagoas como oficineiro do projeto "Vidarte - Construindo diálogos através do Teatro do Oprimido", parte do projeto Vivência de Arte, promovido pela Pró-reitoria Estudantil (Proest). A atividade tem ainda o Lato entre os realizadores, o projeto “SuperAção – Construção de diálogos através do Teatro do Oprimido”.
Sobre o Teatro do Oprimido
Uma metodologia criada pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, o Teatro do Oprimido (TO) se utiliza de jogos, técnicas e exercícios lúdicos, acessíveis a atores e não-atores, visando expandir as capacidades intelectuais e corporais de seus participantes e de sua ativação social.
Atualmente, as oficinas do Teatro do Oprimido são praticadas em mais de 70 países, espalhados pelos cinco continentes. Utilizando meios estéticos com ênfase teatral, as oficinas se propõem a fomentar o diálogo democrático e plural sobre situações de conflito, desigualdades e injustiças, que são vivenciadas pelos participantes que desejam superá-las.
Em Alagoas, o projeto teve início no ano de 2008, por meio da Fábrica de Teatro Popular do Nordeste e desde o ano seguinte, segue com a perspectiva de continuar desenvolvendo o Teatro do Oprimido no Estado, realizando cursos de curto, médio e longo prazo, tendo como público-alvo os estudantes de colégios públicos, universitários, servidores do SUS, movimentos sociais, feministas e sindicais, além das comunidades periféricas, como é o caso do Benedito Bentes.