Fórum de pró-reitores discute pós-graduação e pesquisa no Nordeste
Segundo encontro anual dos pró-reitores das instituições de ensino pretende abrir maior discussão para a área de pesquisa científica
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Manuella Soares - jornalista
A atenção está voltada para a pesquisa. O II Encontro do Fórum de Pró-reitores de Pesquisa Pós-graduação da Regional Nordeste reuniu representantes de várias instituições públicas de ensino, com o propósito de discutir assuntos pertinentes à área, em especial as pesquisas científicas. O evento é realizado nesta quinta e sexta-feira, 20 e 21 de setembro, no Hotel Ponta Verde, em Maceió.
A Universidade Federal de Alagoas é a anfitriã deste encontro que é realizado duas vezes por ano; o primeiro de 2012 foi sediado em Vitória–ES, no mês de maio. “Nós estamos demonstrando o crescimento e a consolidação da pós-graduação e da pesquisa. Este é um momento de atualização e aprofundamento das discussões inerentes à área”, destacou Simoni Meneghetti, pró-reitora da Propep da Ufal.
O presidente da regional Nordeste do FoProp fez parte da mesa solene de abertura. “A ideia é atualizar os conhecimentos na área. O trabalho em conjunto fortalece o elemento para ajudar outras instituições”, comentou Robert Verrhine, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
No primeiro dia do Encontro, o diretor de Avaliação da Capes, Lívio Amaral, falou sobre o acompanhamento da Coordenação em todos os programas de pós-graduação das instituições de ensino e reafirmou em números o quanto a Capes investe na promoção estudantil. Amaral ainda levantou as discussões sobre os processos de revalidação dos diplomas universitários e ressaltou a importância de prezar pela qualidade dos títulos avaliados.
Ainda dentro da programação do primeiro dia, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal de Goiás, Divina das Dôres de Paula Cardoso, foi convidada para ministrar uma palestra sobre a criação do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Informação.
“O Código vai nortear as ações que envolvem Ciência, Tecnologia e Inovação. É uma complementação para regulamentar e colocar os projetos que estão sendo desenvolvidos pelas Fundações de Amparo à Pesquisa num patamar de legalidade, além de dar autonomia administrativa e financeira às instituições públicas e privadas sem fins lucrativos”, comentou.
Pós-graduação e pesquisa em números
De acordo com os dados apresentados pelo diretor de Avaliação da Capes, Lívio Amaral, o Brasil tem 3.319 programas de pós-graduação, sendo 5.080 cursos de mestrado, mestrado profissional e doutorado. As áreas de Ciências Humanas e Saúde são as mais procuradas, mas ganha destaque o crescimento das Engenharias e das Ciências Agrárias.
Os gráficos estatísticos apontam que a partir dos anos 90 o país ultrapassou a média mundial em crescimento de conhecimento e produção científica. Isso significa a metade de tudo o que é produzido na América Latina. Até 2010 eram cerca de 15 mil artigos publicados e quase 12 mil pessoas com titulação de doutor.
Para incentivar o acesso à informação, o Portal de Periódicos da Capes disponibiliza, atualmente, mais de 33 mil títulos de trabalhos acadêmicos e científicos. O órgão investe também em recursos destinados à assistência do docente e do aluno com cerca de 72 mil bolsas, um montante de R$ 1,43 bilhões.
Programação
Na tarde desta quinta-feira haverá uma mesa redonda sobre as Fundações de Amparo a Pesquisa e uma discussão sobre o Regimento do Fórum de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação.
Na sexta-feira, 21, as palestras são sobre Editoração de Livros; Sistema de Informação e Gerenciamento; além de um momento com o convidado especial Emídio Cantídio, que vai fazer uma reflexão sobre o desenvolvimento da pós-graduação no Brasil e suas implicações para a região Nordeste.