Ufal solicita desapropriação de terreno vizinho ao Museu Théo Brandão
Conselho de Cultura aprova solicitação e encaminha resolução para o Governo do Estado
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Myllena Diniz – estudante de Jornalismo
Em reunião no Salão de Despachos do Museu Palácio Floriano Peixoto, o Conselho Estadual de Cultura aprovou por unanimidade a solicitação da Universidade Federal de Alagoas para a desapropriação do terreno situado ao lado do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore (MTB), na última quarta-feira (19). A proposta tem como objetivo a ampliação das instalações do acervo e a possibilidade de melhores condições para a preservação de seu patrimônio.
A vice-reitora Rachel Rocha encaminhou oficialmente a solicitação aos conselheiros estaduais de cultura no dia 1º de agosto. No documento, a gestora informa sobre a venda do terreno localizado ao lado do MTB e a relevância do espaço vago para projeto de expansão da instituição museográfica. Após aprovação da proposta, o Conselho encaminhou a sugestão de desapropriação ao governador do Estado, Teotônio Vilela Filho, por meio da resolução nº 05/2012, na quinta-feira, 20 de setembro.
No momento em que o museu passa a desenvolver ações que consolidam sua missão no campo da cultura, cresce também a preocupação com a conservação de seus acervos. De acordo com Rachel Rocha, o museu passa por renovação em atividades de preservação, de difusão e de divulgação da arte e da cultura brasileira, com destaque para a memória do patrimônio histórico e cultural de Alagoas. Para isso, a construção de laboratórios e de instalações de incentivo à pesquisa na área da cultura popular permite ao MTB fortalecer o momento de transformação.
“Nós esperamos que o Governo do Estado acate a solicitação feita pela Secretaria da Cultura. O MTB precisa ampliar seu espaço físico e modernizar suas instalações. Para isso, necessitamos de anexo moderno que comporte o expressivo acervo sob a responsabilidade do museu. Nosso intuito é estimular pesquisas e estudos de documentos acondicionados na instituição”, destaca Rachel Rocha.
A vice-reitora também avalia os desdobramentos que a adesão do terreno à instituição museográfica pode acarretar. “A melhoria do espaço físico é importante para a concretização da missão do Museu. Aguardamos, com muita expectativa, que o terreno seja doado para que um grande projeto seja feito e disponibilizado ao público”, revela.
Valor histórico do terreno
Assim como o MTB, o espaço vago situado nos arredores do museu também possui valor histórico para o Estado de Alagoas. O terreno é fruto da demolição de uma casa que teria sido habitada pelo escritor José Lins do Rêgo, por volta de 1930.