Mostra Sururu de Cinema Alagoano apresenta "Um filme que passou em minha vida"
Documentário também foi selecionado para o II Festival de Cinema Universitário de Alagoas, em Penedo
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O documentário “Um filme que passou em minha vida” (30min), com direção de Lucciana Fonseca, foi selecionado para a Mostra de Trabalhos Acadêmicos, do II Festival de Cinema Universitário de Alagoas. A exibição está prevista para dia 15 de novembro, às 15h30, na Casa da Aposentadoria, em Penedo (AL). Lucciana é secretária executiva da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar) da Universidade Federal de Alagoas.
O curta está também entre os selecionados para a 3ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano com estreia prevista para o dia 26 de outubro às 20h30, no Cine Sesi. Essa 3ª edição acontecerá entre os dias 25 e 28 de outubro e as 15 obras selecionadas concorrerão a prêmios, com exclusividade para documentários alagoanos. Conferir programação http://abdc-al.blogspot.com.br/
O filme aborda uma breve trajetória do cinema em Alagoas, a partir de Guilherme Rogato, até o período de efervescência cultural associado aos Festivais de Cinema Brasileiro em Penedo, com relatos ligados à censura no período pressionado pela ditadura militar, na década de 70. Trailer disponibilizado no youtube
O vídeo mostrará que o cinema em Alagoas se expandiu com intuito comercial proporcional às referências cinematográficas que surgiam no país representadas pelo Superoitismo, Cinema Novo e filmes de Média e Longa Metragem.
Lucciana Fonseca dá ênfase ao período que revela uma era de reprodutibilidade técnica discutida por Walter Benjamin (1955), em tempo que propunha não se perder ao encanto da unicidade da obra, mas despertar para um novo olhar a partir da experiência do que se vê. Afirma a documentarista que, infelizmente, o Cinema Novo foi mal compreendido pela morte da criticidade massificada pela política do país.
Muitos espectadores não conseguiram absorver reais propostas dos filmes nacionais. O que foi documentado mostra que os festivais, como estudo de caso, usaram a indústria filmográfica como elemento persuasivo e até educativo, com a reprodução de filmes literários, e, ao mesmo tempo, contraditoriamente transgressor ao panorama histórico e político que caracterizava a sociedade naquele contexto cultural.
Após a exibição, haverá debate sobre a obra e dificuldades na produção cinematográfica, bem como acesso aos arquivos iconográficos. Também aponta a importância do surgimento de novas propostas oferecidas ao âmbito digital para quem quer se inserir neste mercado. E declara que é preciso ficar atento às propostas críticas que surgiam daquela época, fazendo releituras ao que o Cinema Novo produzia e o que o Brasil propunha, para assim, poder melhor contextualizar o tempo na obra. É o que pede a produção de indústria cultural de nossa atualidade, afirma.