Reunião discute ampliação do convênio entre Ufal e sistema penitenciário
Representantes defendem que reeducandos possam utilizar outros serviços que a universidade oferece
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Deriky Pereira – Estudante de Jornalismo
Uma reunião, realizada na quinta-feira (25), discutiu formas de ampliação do atual convênio existente entre a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP). Em seu gabinete, a vice-reitora Rachel Rocha recebeu representantes da superintendência, das pró-reitorias de Gestão de Pessoas e do Trabalho e de Gestão Institucional, além da professora Elaine Pimentel e do procurador federal Paulo César da Silva.
“Vamos trabalhar para ver se conseguimos trocar esse instrumento de trabalho atual por algo mais amplo e para a universidade como um todo, ou seja, incluindo os três campi. A universidade tem todo o interesse de manter essa parceria, pois além de facilitar as relações de extensão, esse é um convênio relevante para a Ufal e para a sociedade como um todo”, declarou Rachel.
A professora Elaine Pimentel, coordenadora do curso de Direito e do Núcleo de Ressocialização na instituição, acredita que a ampliação no convênio atual é fundamental, pois dá a oportunidade para que os contemplados atualmente possam evoluir, usufruindo do que a instituição pode oferecer. “Eu acredito que, se eles aprenderem, poderão avançar. E não só por meio do trabalho braçal, pois se a intenção é haver uma relevância social, o certo é expandir essas atividades e não apenas deixá-los limpando capim”, defendeu.
Elaine explicou ainda que já existe uma parceria entre a Faculdade de Direito (FDA), o Centro de Educação (Cedu) e o Instituto de Ciências Sociais (ICS) para alfabetizar esses reeducandos. “E isso vai ser feito pelos próprios alunos, por meio do Núcleo de Estudos em Políticas Penitenciárias (NEPP), já agora em dezembro”, complementou a professora, ressaltando que o interesse dos alunos e a boa vontade da gestão são pontos favoráveis para o êxito do projeto.
Os representantes da SGAP avaliaram como positivo o saldo da reunião. De acordo com Evany Vianei, diretora de Educação, Produção e Laborterapia da Superintendência, a ampliação do atual convênio entre a universidade e o sistema é válido, visto que a SGAP passa a ampliar suas atividades no campus por meio do uso da mão de obra dos reeducandos.
O Coronel Carlos Alberto Luna afirmou que, a partir desta atitude, a Ufal dá um passo gigantesco na construção de uma sociedade mais humana. “Como grande formadora de opinião, a universidade coopera para o rompimento da barreira que ainda existe na sociedade: a de inserir um ex-reeducando no mercado de trabalho. Então, ao abraçar essa causa, a Ufal luta contra essa dificuldade e beneficia a toda sociedade”, resumiu Luna.