Premiação encerra segunda edição do Festival de Cinema de Alagoas

Renata Menezes - estudante de jornalismo

Os filmes “Quando o céu desce ao chão”, de Marcos Yoshi, “12:40”, de Dário Junior, e “Ressaca”, de Mabel Lopes, receberam, respectivamente, os prêmios de melhor curta (júri oficial), Prêmio Velho Chico de Cinema Alagoano, e melhor curta (júri popular). Receberam menção honrosa “Irene”, de Patrícia Galucci, “O Membro Decaído”, de Lucas Sá, e “Dique”, de Adalberto Oliveira. A comissão julgadora, composta pelos professores Marcelo Ikeda, da Universidade Federal do Ceará, Pedro Nunes, da Universidade Federal da Paraíba, e Ninho Moraes, da Faculdade Cásper Líbero, reuniu-se no dia 16 para definir os vencedores.

Segundo Marcelo Ikeda, os jurados procuraram os filmes que se norteavam pelo risco e pela ousadia, levando em consideração as características do festival, realizado por uma universidade, cuja vocação é ser um espaço de resistência às estratégias massificadoras de mercado. “O filme ‘Quando o céu desce ao chão’ impressionou a comissão pela forma delicada como o realizador articula uma narrativa fluida, examinando os limites tênues entre a criação e a vida”, comentou Marcelo. A comissão também destacou que a produção alagoana está em fase de amadurecimento e decidiu premiar 12:40 por sua narrativa incomum.

Segundo Dário Júnior, “12:40” é fruto da oficina “Da lauda ao filme”, ministrada pelo professor Almir Guilhermino, da Universidade Federal de Alagoas. O filme, que já foi exibido no 23º Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo e na Mostra Sururu, busca apresentar uma nova proposta com suas cores estouradas e com sua narrativa ousada. “Foi uma alegria muito grande ver um trabalho realizado sem recurso nenhum ser reconhecido pela sua ousadia”, exclamou Dário. Além da premiação, foram exibidos os produtos criados durante as oficinas “Micro-vídeos” e “Cinema de Brinquedo”, promovidas pelo Sesc, parceiro do Festival de Cinema.