Ufal comemora 60 anos dos cursos de humanidades
Programação acontece nos dias 29 e 30 de novembro, com homenagem ao dramaturgo Pedro Onofre, que vai receber o título de Doutor Honoris Causa
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Redação Ascom
Os cursos de Humanidades da Universidade Federal de Alagoas completam 60 anos de existência em 2012. Para comemorar o aniversário, a Reitoria preparou uma programação que será realizada nos próximos dias 29 e 30, no Campus A.C. Simões. A abertura do evento está marcada para 16h, no auditório Nabuco Lopes, no prédio da Reitoria, com homenagem do reitor Eurico Lôbo aos antigos diretores dos cursos de Ciências Humanas. Na sequência, será exibido o vídeo institucional sobre os cursos, produzido pela Associação Artística Saudáveis Subversivos, e haverá a apresentação da Orquestra Sinfônica e do Corufal.
No dia 30, às 10h, no auditório do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), será realizada a mesa-redonda “60 anos de humanidades”, com Enildo Marinho, atual diretor do ICHCA; Eliane Barbosa, diretora da Faculdade de Letras (Fale); Evaldo Mendes, diretor do Instituto de Ciências Sociais (ICS); Márcio Aurélio, diretor do Campus Arapiraca; Ricardo Silva, diretor do Campus do Sertão; e a vice-reitora da Ufal, Rachel Rocha.
Após a mesa, acontecerá a aposição do mural comemorativo, no pátio central do ICHCA. A programação prossegue no Teatro Deodoro, às 18h, com a concessão do título de Doutor Honoris Causa ao dramaturgo Pedro Onofre de Araújo.
Doutor Honoris Causa
Pedro Onofre contribui há mais de meio século com a cultura do Estado nas mais diversas áreas e expressões artísticas. Na década de 40, em Arapiraca, começou sua ligação com o teatro, atuando em mais de 20 peças e sendo responsável pela direção de 29 espetáculos. Como escritor, lançou 30 peças teatrais, com nove delas publicadas na coleção “Teatro de Pedro Onofre”.
O dramaturgo ainda foi o primeiro diretor do Museu da Imagem e do Som (Misa), contribuiu com a criação da Academia de Artes e Letras do Nordeste Brasileiro, em Recife, e é membro fundador da Academia Maceioense de Letras e da Academia Alagoana de Cultura. Atualmente, é presidente de honra do Instituto de Estudos Culturais, Políticos e Sociais do Homem Contemporâneo.
A história
Os cursos de humanidades surgiram a partir da Faculdade de Filosofia, criada em 1952, pelo padre Teófanes Augusto de Barros, com sede no prédio da Escola Industrial de Maceió, localizado na praça Sinimbú. Além de Filosofia, a faculdade oferecia as disciplinas de Geografia, História e Letras, que foram transformadas em faculdades com a criação da Universidade Federal de Alagoas, em 1961, que funcionava na Escola de Aprendizes Marinheiros, no Pontal da Barra, e ainda incluía o curso de Ciências Sociais.
Durante o regime militar, os cursos foram transferidos para o Campus A.C. Simões, no prédio do antigo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CHLA). Em 1978, cria-se o curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo e, um ano depois, surge Relações Públicas.
As artes estavam presentes na universidade desde os anos 50, com os grupos teatrais formados por estudantes, como o Teatro Universitário de Alagoas (TUA), o grupo Os Corujas e o Teatro do Instituto de Letras. Em 1973, o Corufal foi oficializado e nos anos 80 surgiu o Departamento de Artes, com os cursos de Musicalização e Interpretação Teatral. Mais tarde foram desmembrados em Música (1988), Teatro (1997) e Dança (2006), que hoje funcionam no Espaço Cultural, na Praça Sinimbú, Centro de Maceió. Em 1993, foram criadas as graduações em Psicologia e Ciências Sociais, originada do antigo curso de Estudos Sociais. Em 1998, a partir da demanda crescente pela organização, guarda e conservação dos acervos da Ufal, surge o curso de Biblioteconomia.
Com a última reestruturação acadêmica, em 2005, o antigo CHLA deu vez ao Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA). Sua configuração atual compreende os cursos de Artes, Filosofia, Comunicação Social, História, Biblioteconomia e Psicologia. Neste mesmo período, os cursos de Letras e Ciências Sociais transformaram-se, respectivamente, em faculdade e instituto autônomos.