Avaliação confirma progresso na qualidade de projetos da Ufal
Os professores convidados para avaliar os projetos da Iniciação Científica e de Inovação Tecnológica na Ufal destacam o crescimento do nível dos trabalhos
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Manuella Soares – jornalista
Com olhar atento e caneta na mão, pronta para as anotações e observações, os avaliadores convidados pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep) da Universidade Federal de Alagoas estão colaborando para agregar valor a cerca de 600 trabalhos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e Iniciação Tecnológica (Pibit). Todos os anos, os alunos de graduação que receberam financiamento para desenvolver projetos, seja pela Ufal, Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal) ou Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), devem apresentar um relatório final para submeter à avaliação de professores de outras instituições.
A professora Célia Telles, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), está pela sexta vez em Alagoas, trazendo a competência e os conhecimentos técnicos para analisar os resultados dos projetos da Ufal desenvolvidos no ciclo 2011/2012. Com a experiência, percebe o envolvimento dos alunos nos trabalhos de iniciação científica. “É indiscutível que eles estão mais engajados e os trabalhos tem mais seriedade; a gente percebe maior interação e diálogo com os orientadores. Dez minutos de apresentação é pouco, mas suficiente para avaliar o produto e o resultado da orientação”, contou a veterana.
Os avaliadores são de várias instituições, como as universidades federais da Paraíba (UFPB), de Pernambuco (UFPE), da Bahia (UFBA), de Pelotas (UFPel) e do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Os trabalhos do Pibic são avaliados por 14 profissionais no Campus A. C. Simões e outras duas unidades do Campus Arapiraca. Já os 42 trabalhos dos alunos que receberam bolsas do Pibit apresentam os resultados para dois avaliadores no 5º Seminário de Inovação Tecnológica.
Parecer técnico
De acordo com o coordenador de Pesquisa da Propep, Pedro Valentim, itens como conteúdo, clareza na apresentação, cumprimento dos objetivos e respostas aos questionamentos propostos no projeto são observados pelos avaliadores, que farão um relatório para enviar ao CNPq. “Isso serve para nós, enquanto instituição, para uma reflexão sobre como está o funcionamento dos programas; para os alunos é o incentivo no projeto. Se o relatório é positivo, pode favorecer para que o CNPq forneça mais bolsas para os programas”, comentou Valentim.
Pela primeira vez na comissão de avaliadores do Encontro de Iniciação Científica da Ufal, a professora Lídia Moreira Lima, da UFRJ, se diz surpresa com a qualidade e o nível de conhecimento dos alunos que estão apresentando trabalhos. “Até agora só classifiquei os trabalhos como 'bons' ou 'muito bons', e acredito que os alunos estão no caminho certo, porque é isso que vai assegurar a continuidade e qualidade da pós-graduação no Brasil”, ressaltou, referindo-se à perspectiva de despertar o interesse pela pesquisa.
Os programas na Ufal
Em constante crescimento, o Pibit já oferece 35 bolsas, sendo seis delas, com edital aberto para os estudantes das áreas de Telecomunicação, Engenharias e Tecnologia da Informação. O Pibic conta, atualmente, com mais de 500 bolsas financiando trabalhos de alunos da Ufal, em convênio com a Fapeal e o CNPq.
Em 2013, esse número vai dobrar. O reitor Eurico Lôbo anunciou que pretende financiar, pelo menos, o mesmo número das oferecidas pelo CNPq.