Instituto da Ufal analisa explosão em prédio da Polícia Civil

Professor Humberto Barbosa, do Instituto de Ciências Atmosféricas, foi convidado para fazer laudo meteorológico do local


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Professor Humberto explica que explosão pode ter sido causada por temperatura alta, mas são necessárias análises sobre explosivos
Professor Humberto explica que explosão pode ter sido causada por temperatura alta, mas são necessárias análises sobre explosivos

Jhonathan Pino - jornalista

Membros da Comissão de Inquérito Policial que investigam a causa da explosão ocorrida no Departamento de Recursos Especias (DRE) da Polícia Civil, ocorrida no último 20 de dezembro, ouviram as conclusões do professor Humberto Barbosa, do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat), sobre as possíveis interferências climáticas como causa do incidente. A comissão que apura o caso solicitou a análise à Universidade Federal de Alagoas, que dispõe de todo aparato tecnológico para o estudo em questão.

O docente entregou um relatório em que definia a inexistência de raios no dia em que houve o sinistro. Além disso, os resultados apontados pelos dados do Laboratório de Análise de Processamentos de Imagens de Satélites (Lapis), do qual Humberto faz parte, demonstraram que a temperatura e umidade verificadas não fugiam do comum. “Foram constatadas a temperatura alta, de 30º C, e a baixa umidade do ar, de 50%, no período da tarde, indicando uma situação meteorológica de verão em Alagoas”, concluiu.

Conforme Carlos Alberto Rocha, presidente da Comissão encarregada de apurar o caso, a ajuda do laboratório foi solicitada porque o Lapis é referência no estudo de descargas atmosféricas no país. “Queremos entender qual o fator que deu ignição aos explosivos no DRE e para isso contamos com a ajuda do aparato tecnológico disponibilizado pela Ufal. Queremos questionar se houve alguma causa meteorológica para o incidente e por isso pedimos a análise de questões de temperatura, umidade relativa do ar e as descargas atmosféricas”.

“Estamos explorando todas as hipóteses que possam ter provocado a ignição dos explosivos que estavam historiados: as possibilidades de problemas elétricos, as falhas humanas e temperatura são parte delas”, acrescenta Robervaldo Davino, também integrante da comissão. Os dados serão reunidos com o laudo da Polícia Federal, que ficou responsável pela perícia pós-explosiva do DRE. O resultado desse documento deve ser divulgado no dia 30 de abril.