Comitê de pesquisadores avalia projeto elaborado para o CT-Infra

Myllena Diniz – estudante de jornalismo

Entre os dias 11 e 13 de março, a Universidade Federal de Alagoas recebeu pesquisadores de várias universidades para avaliação de proposta institucional a ser submetida ao CT-Infra - Fundo de Infraestrutura até o dia 16 de maio. O comitê avaliador tem como objetivo analisar o projeto inicial da instituição e dar suporte à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep) para seleção das propostas que devem ser contempladas no projeto final da universidade. A avaliação foi dividida em três momentos: análise das propostas de cada unidade acadêmica; apresentações; e parecer conclusivo.

Anualmente, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lança edital para o CT-Infra, fonte de financiamento responsável por 20% dos recursos destinados ao Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FDCT), que permite a modernização e a ampliação da infraestrutura para pesquisas, seja em projetos desenvolvidos em instituições públicas de Ensino Superior ou em demais institutos científicos existentes no Brasil. O edital permite que cada instituição solicite montante de recursos para realização de obras e para aquisição de equipamentos de laboratórios.

Nesta terça-feira (12), os avaliadores estiveram reunidos para acompanhar a apresentação das propostas encaminhadas por diferentes unidades acadêmicas da Ufal. No local, também estiveram presentes a vice-reitora da universidade, Rachel Rocha; a Pró-reitora de pesquisa e pós-graduação, Simoni Meneghetti; e o coordenador de pesquisas da Ufal, Pedro Valentim.

Número de doutores: critério para valor de recurso

Para cada instituição, só é permitido o envio de uma proposta. O valor solicitado para a realização de obras ou aquisição de laboratórios depende do número de doutores que ela possui. De acordo com Pedro Valentim, o projeto inicial da Ufal ultrapassou o orçamento que lhe é assegurado e precisa  passar por reajuste.

"Em balanço feito até o dia 31 de dezembro de 2012, verificamos que a universidade possui 743 professores doutores. Esse número faz com que a Ufal elabore proposta de até R$ 16 milhões. No entanto, no projeto inicial, nós chegamos ao valor total de R$ 22 milhões. Então, convidamos grupos de avaliadores, formados por pesquisadores que são bolsistas  de produtividade do CNPq e com muita experiências em avaliação de projetos, para adequarmos o orçamento e selecionarmos as propostas mais competitivas", explicou Valentim.

Responsável pelo gerenciamento do projeto da Ufal, a Propep realizou chamada interna para seleção de subprojetos, enviados pelas unidades acadêmicas. O documento inicial engloba solicitações de diferentes setores, como Centro de Tecnologia (Ctec), Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), Instituto de Física (IF), Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat), Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar), Centro de Ciências Agrárias (Ceca) e Campus Arapiraca.

Valentim também destacou excesso na quantidade de subprojetos da universidade. "Houve submissão de 10 subprojetos, mas a Ufal só pode enviar 8. Então, observamos mais uma vez a necessidade desta avaliação, para que a Propep possa elaborar projeto final que obedeça a todos os critérios do CT-Infra", salientou.Na tarde desta quarta-feira, 13, o comitê avaliador elaborou o parecer conclusivo  que foi entregue a Propep. O material será  analisado pela Pró-reitoria e coordenadores de projetos.

Antiga relação entre Ufal e CT-Infra

Desde 2000, a Ufal participa do programa CT-Infra. A parceria já beneficiou a universidade com cerca de R$ 30 milhões em recursos voltados para aperfeiçoamento das pesquisas alagoanas. Segundo Pedro Valentim, os recursos possibilitam benefícios de amplo alcance. "Tudo isso é importante para a produção dos pesquisadores da Ufal. É um estímulo a mais para estudantes da graduação e da pós-graduação, bem como para os professores", reforçou.