Aprovados no Painter assinam Termo de Compromisso
Acadêmicos dos três campi participam de solenidade antes do início das atividades, na próxima quinta-feira, 2
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Myllena Diniz – estudante de Jornalismo
Na manhã desta segunda-feira, 29, estudantes e professores do Campus A. C. Simões, com trabalhos aprovados para o Programa de Ações Interdisciplinares (Painter), assinaram Termo de Compromisso, no auditório da Reitoria, em Maceió. Só na capital alagoana foram selecionados 42 projetos. Na tarde de hoje, a solenidade também acontecerá no Campus Arapiraca, onde serão contemplados os acadêmicos das unidades do Agreste. Na terça, 30, será a vez do Campus do Sertão reunir os selecionados para o programa na região.
Neste ano, a primeira seleção do Painter disponibilizou 456 bolsas, distribuídas entre alunos dos 73 projetos aprovados. O programa é uma ação permanente da Ufal, nos três campi, e contribui com o desempenho acadêmico de estudantes com vulnerabilidade socioeconômica, consolidando a permanência dos mesmos na universidade.
Para reafirmar o compromisso da instituição com o projeto, estiveram presentes na cerimônia a vice-reitora da Ufal, Rachel Rocha, bem como os os pró-reitores estudantil, Pedro Nelson; de gestão institucional, Valmir Pedrosa; e de graduação, Amaury Barros. Carla Silveira, técnica em assuntos educacionais, representou o pró-reitor de extensão, Eduardo Lyra.
Segundo Rachel Rocha, a ação cumpre o papel da academia na garantia de formação qualificada para os estudantes. “O Painter foi um grande desafio para todos nós. A interdisciplinaridade, apesar de ser muito mencionada, é uma ação complexa. Agora, temos a antiga bolsa permanência só que em formato totalmente diferente. A nova ideia integra o aluno em ações produtivas e garante a formação acadêmica continuada. Esse projeto é uma forma de investir na formação do aluno e atende a reivindicações de professores, alunos e técnicos. Manter essa ação também é um compromisso da gestão da universidade”, salientou.
O Painter é um conjunto de projetos desenvolvidos por estudantes e coordenados por docentes. O programa é orientado pelos princípios de interdisciplinaridade, integração de ações acadêmicas e indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. A iniciativa é uma ação realizada em conjunto pelas pró-reitorias Estudantil (Proest), de Graduação (Prograd), de Extensão (Proex), de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep) e de Gestão Institucional (Proginst).
Durante a reunião, o pró-reitor Pedro Nelson destacou o novo momento da política de assistência aos estudantes. “Além de garantir mais uma atividade de formação acadêmica a nossos alunos, o programa também fornece recursos que facilitam a permanência deles na instituição. A tendência é que esse compromisso aumente ano a ano, até que nenhum aluno esteja envolvido em atividades burocráticas”, enfatizou.
Reconhecimento acadêmico
Carlos Inácio Sobrinho é aluno de Psicologia e participa do projeto de extensão Criança no Escritório Modelo de Assistência Jurídico (Emaj). Para o discente, a aprovação do trabalho no Painter é um reconhecimento. “A oportunidade de produzir academicamente e de ser reconhecido por isso é inexplicável”, revelou.
Já Marcela Borges e Thainá Toledo, alunas de Direito, integram o projeto Aspectos Jurídicos e Psicológicos da Alienação Parental e encaram a oportunidade como um estímulo às ações de conscientização da sociedade. A equipe esclarece a população, por meio de palestras e seminários, sobre os malefícios da alienação parental – situação em que a mãe ou o pai treina uma criança a romper laços afetivos com o outro genitor após a separação.
“É muito gratificante colocar em prática nossos conhecimentos. Nós já trabalhávamos como projeto de extensão e quando soubemos do Painter vimos a possibilidade de ir além do trabalho de conscientização e partir para a prática”, explicou Marcela.
De acordo com Thainá, para chegar até a sociedade é preciso estudar continuamente o assunto e ter olhar delicado para as implicações jurídicas e psicológicas da alienação parental. “Depois de fazermos palestras em escolas da rede pública, notamos que é muito importante levar para a população um assunto que é muito comum, mas pouco abordado na jurisprudência. Nosso intuito é conscientizar a sociedade e os próprios operadores do Direito”, completou.