Investidores demonstram interesse em projeto do Ifal sobre produção de biodiesel

Pró-reitor de pesquisa e inovação do instituto disse que divulgação feita pela Ufal, durante o 1º Alagoas Caiite, deu publicidade ao projeto, que deverá sair dos laboratórios para o setor produtivo


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Pró-reitor Carlos Henrique, à esquerda, com o professor Rogério Fernandes e o aluno Marcel | nothing
Pró-reitor Carlos Henrique, à esquerda, com o professor Rogério Fernandes e o aluno Marcel

Deriky Pereira – estudante de Jornalismo e Simoneide Araújo - jornalista

Após divulgação do projeto sobre produção de biodiesel, exposto durante o 1º Alagoas Caiite, dois investidores demonstraram interesse em produzir, em escala industrial, a Torre de Craqueamento de Biocombustível, desenvolvida pelo Instituto Federal de Alagoas (Ifal). “Gostaria de agradecer ao setor de Comunicação da Universidade Federal de Alagoas pela iniciativa de divulgar nosso projeto em primeira mão. Ao sair dos muros da Ufal e visitar outras instituições e suas experiências, demonstra que o espírito de harmonia e integração do Caiite está presente, também, na comunicação feita pela Ascom”, declarou Carlos Henrique Almeida.

Com a declaração, o pró-reitor de pesquisa e inovação do Ifal expressou sua gratidão pelo trabalho da Assessoria da Ufal na divulgação feita no portal da universidade, no site do Congresso Acadêmico e, também, na mídia local. Ele se refere ao equipamento desenvolvido a partir de uma dissertação de mestrado do professor Paulo dos Santos, cujo principal objetivo é o reaproveitamento de óleos de cozinha para a produção de biodiesel.

“Com quatro litros de óleo de fritura é possível produzir 2,4 litros de biodiesel, o que gera um aproveitamento de 60%. Essa Torre de Craqueamento, por sinal, ainda atende às regras da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e é capaz de produzir um total de 14 litros de biodiesel em 90 minutos”, comentou o professor Paulo dos Santos.

Carlos Henrique aproveitou o momento para destacar que a divulgação feita pela Ufal, além de aumentar o número de visitantes ao estande, rendeu-lhes outra conquista importante. “Recebemos propostas de possíveis parceiros para produzir esse material em larga escala, ou seja, essa máquina poderá sair dos laboratórios e ganhar o setor produtivo”, salientou.

Uma das reuniões, inclusive, está para acontecer na próxima quarta-feira, 1º de maio. Entre máquinas vistas em países como China e Índia, um dos investidores aprovou o produto alagoano. “Vamos mostrar o quanto está faltando de recursos para fecharmos o processo e lançarmos em escala industrial. Esse empresário fez várias consultas com outras máquinas, mas ao ver o potencial de 60% de aproveitamento do nosso equipamento, concluiu que a máquina usada seria a nossa. Isso mostra que estamos no caminho certo”, relatou, com orgulho, Carlos Henrique Almeida.

Para o professor, a experiência vivenciada no Caiite demonstra que a iniciativa da Ascom em trabalhar de forma integrada, divulgando não só as ações e projetos da Ufal, está dentro do objetivo do evento. “O Ifal tem esse espírito de aproximação com os setores produtivos, com o Estado de Alagoas e, também, com a nossa irmã federal, que é a Ufal”, concluiu.

Sobre o equipamento

Associando a Mecânica, a Química, Eletrônica e a Informática, a Torre de Craqueamento de Biocombustível é um equipamento com o objetivo de reutilizar os óleos descartados na natureza, no solo, nos rios e etc. reduzindo, assim, a poluição do meio ambiente. Mas, para realizar essa tarefa, um trabalho de equipe se faz necessário.

 “Das 101 cidades de Alagoas, apenas Maceió tem um projeto social que recolhe os óleos dos restaurantes e transforma-os em sabão. Mas, se conseguíssemos uma parceria em cada município, que se mobilizasse para o recolhimento desse material, poderíamos mostrar a vantagem do equipamento, que ajudaria ao município a ganhar socialmente e ambientalmente, pois a tecnologia está aqui”, complementou Carlos Henrique.

Com um cunho educativo, a máquina ainda engloba outros quatro parceiros e dois bolsistas, mas de acordo com o pró-reitor, outros 4 alunos já foram selecionados para colaborar com o projeto. “A gente entende que, quanto mais multidisciplinar for esse projeto, melhor para os alunos. Então, decidimos ampliar o time de colaboradores para que os trabalhos não parem”, concluiu.