Arquivistas das Instituições Federais de Ensino Superior do Norte e Nordeste vão se reunir em Maceió
O 2º Arquifes será realizado de 5 a 7 de junho no Maceió Atlantic Suítes
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Lenilda Luna - jornalista
Pela primeira vez, o Estado de Alagoas sedia o encontro regional de Arquivistas das Instituições Federais de Ensino Superior (Arquifes), nos dias 5 a 7 de junho, no hotel Maceió Atlantic Suítes. O encontro começou a ser planejado desde o início do ano passado, com várias reuniões da comissão organizadora. O objetivo é discutir a gestão de documentos, que exige espaços adequados e profissionais habilitados, graduados em arquivologia.
O debate sobre essa área de conhecimento começou a se intensificar a partir de 2009, quando aconteceu o primeiro encontro nacional, em Goiás. Desde então, além do II Encontro Nacional, que aconteceu em 2011, em João Pessoa, Paraíba, foram estabelecidos alguns encontros por região. Definir a aplicação de políticas arquivistas comuns a todas as Ifes é um dos objetivos do encontro. "A gestão de documentos é fundamental para as universidades, mas precisa ser melhor organizada. Em muitas universidades, o arquivo central não conta com espaço adequado e com profissionais habilitados", explica Maristher Moura, diretora do Arquivo Central da Ufal.
O primeiro Fórum dos arquivistas das Ifes do Nordeste foi realizado em agosto de 2010, na na Universidade Federal Rural de Pernambuco, e foi considerado um marco para os profissionais da região. Este ano, para o II Arquifes, os profissionais resolveram reunir também os representantes da região norte. O II Arquifes dará continuidade às discussões dos temas de interesse da área, com a aplicação de Políticas Arquivísticas, destacando a “Lei de Acesso a Informação” / lei nº12. 527 de 18 de novembro de 2011, que destaca a importância da atuação dos profissionais da área na Gestão Documental dos acervos.
Formação do arquivologista
No Brasil, apenas 14 universidades oferecem o curso de graduação em Arquivologia. Em Alagoas, os profissionais da área são oriundos dos cursos de História e de Biblioteconomia, que oferecem disciplinas da área, e depois podem fazer uma especialização. "Até há pouco tempo, oferecíamos uma especialização em Arquivologia no curso de História. A pós-graduação foi suspensa, porque a a coordenação do curso está se organizando para oferecer o mestrado. Então, estamos avaliando a possibilidade de reabrir a especialização no curso de Administração", explica Maristher.
O arquivista é responsável pela organização de documentos, tratamento dos materiais a serem conservados, realiza cópias e prepara catálogos e uma série de atividades que permitam encontrar de forma mais rápida a informação necessária. O mercado de trabalho ainda é restrito, mas a tendência é de expansão. “A presença atuante de um arquivista é necessária para que não se forme uma massa de documentos acumuladas, sem tratamento e de difícil recuperação da informação”, completa Maristher Moura.
Na Ufal, o Arquivo Central é campo de estágio para bolsistas de História e de Biblioteconomia, interessados em se aperfeiçoar na gestão de documentos. Como a demanda de profissionais nessa área está crescendo, inclusive com mais cargos sendo oferecidos para a seleção em concursos públicos, Maristher acredita que em breve será possível propor o curso de graduação em Arquivologia da Ufal. "Estamos começando a divulgar as atribuições da profissão e a organizar os sistemas de arquivos em todo o Brasil. Acreditamos que mais estudantes devem se interessar por está área, o que vai fortalecer a proposta de criar o curso da graduação na Ufal", conclui a arquivista.
Para ver a programação completa do II Arquifes Norte e Nordeste, veja o link