Extensão deve ser parte integrante da formação acadêmica nas universidades

As propostas que visam consolidar as ações de extensão nos currículos dos cursos foram discutidas nos fóruns regionais e nacional de pró-reitores de Extensão


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XL Encontro Regional Nordeste
XL Encontro Regional Nordeste

Lenilda Luna - jornalista 

O pró-reitor de Extensão da Universidade Federal de Alagoas, Eduardo Lyra, participou recentemente de dois importantes fóruns para a articulação de ações voltadas para o fortalecimento da Extensão nas universidades públicas brasileiras. Em abril, de 4 a 5, foi realizado o XL Encontro Regional Nordeste de pró-reitores de Extensão, em São Luis, Maranhão. E nos dias 6,7 e 8 de maio, no Rio de Janeiro, aconteceu o   XXXIII Encontro Nacional do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (Forproex), com o tema  “Políticas Afirmativas e Juventude”.  

O Fórum de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (Forproex) existe desde 1987 e foi criado durante o I Encontro Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas, realizado em Brasília. O Fórum surgiu da necessidade de formular diretrizes conceituais e políticas de ação para as Instituições de Ensino Superior do país. " As universidades públicas tem esse compromisso com a sociedade, buscando fortalecer a cidadania e compartilhar conhecimentos. Consideramos, portanto, que a Extensão não pode ser só um complemento da carga horária dos cursos de graduação, ela deve ser parte integrante da formação acadêmica", ressalta o pró-reitor de Extensão, Eduardo Lyra. 

Segundo Eduardo Lyra, os debates em níveis regionais e nacional sobre as ações de Extensão das universidades estão voltados para O Plano Nacional de Educação (PNE), que está em tramitação desde 2010 no Congresso Nacional, e o Plano Nacional de Extensão Universitária, em debate no Fórum de pró-reitores de Extensão. "Em relação ao PNE, teremos um avanço importante, já que uma das estratégias definidas na meta que pretende elevar a taxa de matrícula na educação superior é justamente garantir que 10% da carga horária na graduação deve ser de ações de extensão, contempladas nos projetos pedagógicos dos cursos", destaca Eduardo Lyra. 

O pró-reitor explica que essas definições políticas são importantes para garantir uma legislação que defina as diretrizes orçamentárias para a Extensão. "É preciso que a Extensão seja vista como parte integrante da formação de nossos alunos e que sejam garantidos recursos para a atuação deles junto às comunidades, da mesma forma como existem recursos garantidos para a política de assistência estudantil e para a iniciação científica. As bolsas de Extensão devem ser oferecidas dentro dessa estratégia, para garantir uma infraestrutura que permita aos estudante e docentes se dedicarem aos projetos extensionistas", pondera Eduardo.

 

A discussão sobre o tema está sendo aprofundada nos fóruns e em cada universidade. "Existem alguns questionamentos de que estamos propondo aumentar a carga horária dos cursos, mas não se trata disso, e sim de integrar as ações de Extensão dentro dos currículos, com uma maior flexibilização. A Extensão deve ser interdisciplinar e permitir esse diálogo entre o conhecimento teórico adquirido pelo aluno e a aplicação na realidade local. São estratégias que devem ser discutidas internamente em cada colegiado de curso. Aqui na Ufal, já temos uma comissão constituída em portaria do Reitor, para se debruçar sobre este aspecto do fortalecimento das atividades extensionistas integradas ao currículo. além disso, cada unidade acadêmica conta com uma coordenador de Extensão", informa o pró-reitor de Extensão. 

A Ufal também tem uma participação destacada no debate sobre a Extensão em nível nacional e na região nordeste. Exemplo disso, é que o pró-reitor de Extensão, Eduardo Lyra, é vice-presidente do Conselho de Extensão, formado por representantes de todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) para propor políticas de Extensão e dialogar com o Ministério da Educação. "São questões que passam por orçamento, mudanças de currículos e definição de indicadores para avaliar os resultados das ações no âmbito das Ifes. Os projetos são executados, mas temos que aferir os resultados dessa intervenção, precisamos saber como a atuação da universidade impactou em mudanças e caminhar na direção do aprimoramento", defende Eduardo.  

Futuramente, outras atividades importantes para discutir a política de Extensão nas Universidades estão programadas, com a participação de representantes da Universidade Federal de Alagoas. "Em maio de 2014, vamos para o 6º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, que será realizado em Belém do Pará. Os alunos da Ufal que se destacaram com Certificado de Extensão durante o nosso Congresso Acadêmico vão apresentar os trabalhos nesse evento. Nessa oportunidade, vamos defender também que a Ufal sedie o Congresso Nordestino de Extensão Universitária, que será em 2015", antecipa o pró-reitor. 

Conheça aqui o projeto de lei do Plano Nacional de Educação.

Veja aqui o Plano Nacional de Extensão que está em debate.