Filme produzido por equipe da Ufal recebe prêmio após exibição no Cine PE

12:40 é o nome do curta construído em projeto de extensão do curso de Comunicação Social


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Trabalho foi premiado como Melhor Filme para Reflexão
Trabalho foi premiado como Melhor Filme para Reflexão

Jhonathan Pino - jornalista

O curta-metragem 12:40 recebeu, na última sexta-feira (3), o Prêmio Cineclubista Melhor Filme para Reflexão, concedido pela Federação Pernambucana de Cineclubes, na edição do Festival de Cinema de Pernambuco (Cine PE), realizado em Recife. O filme foi produzido a partir da oficina de cinema “Da lauda ao filme”, organizada pelo professor do curso de Comunicação Social, Almir Guilhermino, e dirigido pelo estudante do mesmo curso, Dário Júnior.

“Ele foi bastante aplaudido pelo fato de estudantes fazerem o filme, e não profissionais, com o uso de uma narrativa criativa. O prêmio tem cunho político e promove a reflexão no cinema, quanto ao fazer e ao agir, e a oficina foi montada no sentido de que a história desse ênfase ao conteúdo, em vez da estética, com a intenção de promover a reflexão”, explicou Almir.

O filme já havia sido exibido na II Mostra de Cinema Sururu Alagoano, no 23º Festival Internacional de São Paulo e ganhou o Prêmio Velho Chico de Cinema Alagoano, do II Festival de Cinema Universitário de Alagoas, tudo em 2012.

Conforme Almir, isso é sinal do quanto é possível produzir Cinema de qualidade em Alagoas, “no entanto é imprescindível o maior apoio da instituição, pois o 12:40 foi finalizado com um valor mínimo de R$ 3 mil e competia com outros cujo orçamento era de R$ 80 mil. Isso reflete o quanto o nosso Estado está atrás dos outros quanto a questão de apoio cultural”, completou.

Em sua segunda edição, a oficina “Da lauda ao filme” já está com quatro roteiros escritos. O objetivo é filmar dois em maio, um em junho e outro em julho. “Os alunos já passaram pela oficina de Argumento e Roteiro, terminada em abril e, em maio, teve início a Oficina de Pré-produção, mas dependemos da universidade para que se iniciem as filmagens”, incitou o professor.

Como crítica a essa falta de iniciativa governamental, no dia da abertura do Festival, 26 de abril, após a exibição do 12:40, a equipe de produção subiu  ao palco do Teatro Guararapes com uma faixa que trazia a frase “Alagoas, Quebre o Balcão” e a produtora do filme, Viviane Araújo, pediu apoio do público de mais de duas mil pessoas para o movimento que reivindica uma política cultural democrática em Alagoas.

Sobre o filme

O curta-metragem apresenta os problemas de um contador endividado, que procura saídas para a sua situação. Ele foi inspirado em um conto, do estudante de Geografia, Thiago Almeida. Para transpor esse drama da literatura para as telas foram utilizados para as gravações locais bem conhecidos da população maceioense, como a Avenida General Hermes, na Cambona, e a estação ferroviária Sururu de Capote, em Bebedouro. Foram dois meses de pré-produção, dois de gravações e mais 15 dias de pós-produção.