Mestrandos são aprovados em congresso internacional de Sociologia

Jhonathan Pino - jornalista

No último mês de junho, três alunos de diferentes programas de pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) receberam a carta de aceite do 29º Congresso Latinoamericano de Sociologia (Alas). O evento é um dos mais importantes eventos na área, realizado a cada dois anos, com a edição de 2013, a ser realizada em setembro próximo, no Chile.

Camila Ferreira e Fabson Calixto, do Programa de Pós-graduação em Educação, e Carlos Lacerda, aluno da Pós-graduação em Sociologia, foram selecionados entre mais de seis mil trabalhos enviados para o evento. Eles integrarão alguns dos 30 grupos que estão voltados à emergência dos problemas sociais na América Latina e a contribuição de pesquisas para a resolução deles.

Carlos Lacerda já havia participado do último congresso, realizado em Recife, no final de 2011. Na época, ele apresentou os resultados de seu trabalho de conclusão de curso, como aluno das Ciências Sociais, sobre a questão da juventude e homossexualidade. Prestes a apresentar a sua dissertação, ele compartilhará a pesquisa Homossexualidade e reconfiguração religiosa: as representações sociais em uma igreja inclusiva. “O tem é importante para fomentar o debate em torno da religião e a homossexualidade, por muito tempo deixados de lado pela academia”, relatou o estudante, orientando da professora Ruth Vasconcelos.

Também abordando a discriminação de minorias, Fabson Calixto faz uma pesquisa sobre a aceitação dos alunos cotistas nas universidades brasileiras. Ele e Camila fazem parte de um grupo de preparação para o Alas, formado no Congresso Norte Nordeste de Ciências Sociais, para participar do evento no Chile. Fabson irá apresentar o trabalho “Do negro da sociedade ao negro da universidade”, sob a orientação do professor Amurabi Pereira.

“O objetivo deste trabalho é mostrar que há uma transferência ou mesmo uma continuidade de um discurso e de um imaginário social do negro como portador de caracteres sociais, intelectuais e morais inferiores. A imagem do negro como sujeito último enquadrado nos patamares mais baixos da sociedade é alocada para as universidades quando da reação da implementação da política de cotas”, defendeu Fabson, em sua proposta para o evento.

De acordo com Camila, apesar dos trabalhos aprovados no Congresso, a dificuldade agora é custear as despesas. Camila teve dois de seus trabalhos aprovados: “O Programa Brasil Profissionalizado como uma das expressões do neoliberalismo nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff”, e “Sociologia da Educação no Brasil: indícios e contradições na Produção do Gt-14 da Anped na primeira década do século 21”, ambos orientados pela professora Georgia Sobreira.

Camila disse que os trabalhos  foram enviados com a perspectiva de aprovação para divulgar as pesquisas que estão sendo produzidas aqui na Ufal. A equipe ainda está tentando conseguir ajuda para viajar. O evento acontece entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro.