Pesquisadoras apresentam trabalhos em evento internacional de Educação em Direitos Humanos

da redação

Às vésperas da primavera, a cidade de Goiânia sediou um dos mais importantes eventos internacionais no campo da Educação em Direitos Humanos: O V Colóquio Interamericano de Educação em Direitos Humanos e o IV Pensar Direitos Humanos. Promovido pela Rede Interamericana de Educação em Direitos Humanos (RIEDH) e realizado pelo Núcleo de Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás em parceria com a Associação Nacional de Direitos Humanos, Pesquisa e Pós-Graduação, O V Colóquio Interamericanos de Educação em Direitos Humanos e IV Pensar Direitos Humanos foi considerado um grande sucesso.

Em sua 5ª edição, o evento trouxe para a abertura oficial, entre outros convidados, a ministra Chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário; a coordenadora da RIEDH e professora da UNQ (Universidade Nacional de Quilmes - Argentina), Mónica Fernandez e a coordenadora do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, Maria Nazaré Zenaide, que apresentou a real situação na América Latina.

Ao longo do evento, foram realizadas diversas mesas redondas, conferências e grupos de trabalho que partiram de temáticas relevantes no âmbito da Educação em Direitos Humanos. Como destaque dessas temáticas, podem ser citadas a “Formação de Formadores em EDH” e “ Desigualdades, diferenças e diálogos interculturais em EDH”, em que a Universidade Federal de Alagoas teve um grande destaque com os trabalhos apresentados pelas pesquisadoras Juliana Alves e Mara Rejane Ribeiro.

No trabalho intitulado “A trajetória da EDH no processo de formação de formadores em Alagoas em níveis de graduação e pós-graduação” foi apresentada a experiência vivenciada nos cursos de formação realizados pela Assessoria de Educação, Direitos Humanos e Segurança Pública (AEDHESP) da universidade alagoana. Enquanto que o trabalho “Direitos Humanos e Diversidade: novos caminhos” destacou a importância de se trabalhar a diversidade no âmbito dos espaços escolares.

De acordo com as pesquisadoras, os trabalhos permitiram uma discussão aprofundada acerca das temáticas: direitos humanos, diversidade e educação, destacando a importância da relação entre essas mesmas instâncias. "Esse movimento de interrelação é essencial para que haja, de fato, uma articulação entre igualdade e diferença a partir dos espaços escolares de maneira a se estender, posteriormente, por toda a sociedade", destacaram Juliana e Mara Rejane.

As representantes da Ufal destacam ainda o papel que a educação pode exercer na transformação social. “É evidente que a educação não tem capacidade para resolver as mazelas que assolam a humanidade, sobretudo, no âmbito dos direitos humanos. Entretanto, se uma discussão acerca das mesmas não forem levadas para o contexto escolar, não forem colocadas em pauta e discutidas criticamente pelos atores que compõem, hoje, esse espaço tão complexo, pouca coisa mudará”, afirma a pesquisadora Juliana Alves.

Além de novos conhecimentos, o evento possibilitou outras oportunidades às pesquisadoras. Mara Rejane Ribeiro, na condição de coordenadora geral da AEDHESP, juntamente com Juliana Alves, que também faz parte da assessoria como integrante da coordenação do Curso de Pós-Graduação em Educação, em Direitos Humanos e Diversidade, puderam estabelecer parcerias com outras entidades e atores de destaque no âmbito da EDH na América Latina. Além disso, Juliana Alves, na condição de mestranda, pôde confirmar a presença da Professora Tânia Maria Suely Brabo, doutora da UNESP, em sua banca de qualificação que será realizada em breve.