Abertura da 6ª Bienal teve fado e Literatura de Cordel
A 6ª edição da Bienal Internacional do Livro de Alagoas começou estendendo as comemorações do entrelaçamento cultural entre Brasil e Portugal
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Manuella Soares – jornalista
A música portuguesa deu as boas vindas à 6ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Numa emocionante interpretação, Irina Costa cantou o fado do país homenageado do maior evento cultural e literário promovido por uma universidade pública brasileira. Autoridades e acadêmicos prestigiaram a abertura oficial da Bienal na noite de sexta-feira (25), no Centro de Cultural e de Exposições de Maceió.
O cantor alagoano Eliezer Setton presenteou a plateia com a execução do hino nacional, numa mistura regional com o hino de Alagoas ao som do violão. Para homenagear os 30 anos da Editora Universitária, foi exibido vídeo resgatando um pouco da história da Edufal. A produção da Assessoria de Comunicação da Ufal mostrou depoimentos de ex-diretores contando o legado que cada um deixou e a evolução do setor literário em Alagoas.
A atual diretora da Edufal, Stela Lameiras, agradeceu o apoio da gestão e de todos os parceiros da 6ª edição da Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Ela destacou o esforço de promover um evento com esta magnitude. “Eu estava ansiosa para despertar deste sonho que hoje se torna realidade. Agradeço todo o empenho da equipe da Edufal que despertou junto comigo”.
O reitor Eurico Lôbo também ressaltou o envolvimento da equipe da Ufal, que superou o desafio e fez o evento sair do papel. “A Bienal ultrapassou os muros da Universidade e hoje é patrimônio da sociedade alagoana, por isso não hesitamos em realizar este evento. Que tenhamos uma semana muito produtiva, rica, de muita leitura!”, pronunciou o reitor, convidando a todos para curtir a Bienal.
Encerrando a primeira noite, a “alagoanidade” dos cordelistas animou os participantes ao comando do mestre Jorge Calheiros. A rima do cordel cantado levantou o público que já pode perceber o que a Bienal 2013 tem para mostrar.
Apoios e novidade
A 6ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, realizada pela Ufal, Edufal e Fundepes, tem apoio do governo do Estado e da Prefeitura de Maceió. A secretária municipal de Educação, Ana Deyse Dórea, representou o prefeito Rui Palmeira e destacou a alegria em participar do evento e anunciou o incentivo do município à leitura.
“Estamos lançando o vale-livro, um valor simbólico para todos os professores do ensino público municipal e todos os alunos do ensino básico, para investir em obra literária. Pode parecer pouco [R$ 25 para os professore e R$ 10 para as crianças], mas tenho certeza que o valor será bem aproveitado para leitura”, comentou.
O secretário do Estado de Cultura, Osvaldo Viegas, representou o governador Teotônio Vilela Filho e falou sobre a importância de um evento que traz o livro como personagem principal. “Temos um grande desafio de incentivar a leitura desde cedo. Parabenizo a Ufal pelo belo trabalho. No sentimos correalizadores da Bienal e, desejo, acolher todos os escritores que vão passar por aqui”, disse.
O diretor da Fundepes, Roberto Jorge Vasconcelos dos Santos, também destacou a honra de integrar a Fundação à Bienal. “Minha equipe se sente verdadeiramente reconhecida. Uma missão como esta é muito mais agradável para trabalhar. Tenho certeza, absoluta, que esta edição será um sucesso”, comemorou.
O descerramento da fita para abrir oficialmente a Bienal 2013 cumpriu o protocolo, mas fugiu da formalidade. Na presença do reitor Eurico Lôbo e da vice-reitora Rachel Rocha, da diretora da Edufal, além dos parceiros do evento, a neta da reitora honorária Ana Dayse, a pequena Rafaela Dórea, cortou a fita ao anunciar, com simplicidade e satisfação: “Estou abrindo a Bienal que tem muita coisa boa para todas as crianças e para todas as pessoas!”.
A 6ª Bienal tem patrocínio da Petrobras, das Secretarias de Estado da Cultura e do Planejamento e do desenvolvimento Econômico, Sebrae, Braskem, Fapeal, Unopar, Senac, Fecomércio/AL, Ceap, Sesc, Fiea e Senai. A gráfica oficial é Imprensa Oficial Graciliano Ramos. Ainda conta com apoio da Associação Brasileira da Editoras Universitárias (Abeu), Associação Nacionald e Livrarias, Ibama, Rino, Organização Arnon de Mello, Instituto Arnon de Melo, Sistema Pajuçara de Comunicação, Instituto Zumbi dos Palmares, Hotéis Ponta Verde e jornal O Dia.