Homenagem em dose dupla na 6ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas

Marques de Melo e Audálio Dantas são reconhecidos como ícones da cultura alagoana


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Audálio Dantas e José Marques de Melo
Audálio Dantas e José Marques de Melo

Graça Carvalho - jornalista colaboradora

Os escritores alagoanos José Marques de Melo e Audálio Dantas, recém-agraciados com o Prêmio Jabuti 2013, foram destaque na programação da manhã deste domingo, na 6ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. O encontro dos dois ícones da Comunicação brasileira aconteceu no Espaço caetés, onde Marques Melo foi homenageado na mesa-redonda “José Marques de Melo: 70 anos?”, conduzida pelos professores e Douglas Apratto e Luitgarde Barros.

Tanto Apratto quanto Luitgarde destacaram o valor do reconhecimento nacional e internacional de Marques Melo para a cultura alagoana. “O trabalho do professor Marques de Melo foi fundamental para o despertar da Comunicação no mundo acadêmico e seu enlace com a cultura. Por isso mesmo esse pensador pioneiro e inovador é reverenciado como doutor honoris causa em praticamente todas as universidades mais importantes do país”, lembrou Apartto.

Para a professora Luitgarde, a coincidência da premiação de Marques de Melo e Audálio Dantas, este último também com o Prêmio Intelectual do Ano (Troféu Juca Pato), conferido pela União Brasileira de Escritores (UBE), é uma boa largada para 2017, quando Alagoas estará completando 200 anos de emancipação. “Espera-se que essa data tão significativa seja o momento de reflexão e de reconhecimento. Alagoas tem que mostrar em, 2017, o grande papel da intelectualidade alagoana na Comunicação do país”, afirmou a professora Luitgarde.

Ao iniciar sua homenagem ao amigo e colega Marques de Melo, Audálio Dantas registrou a coincidência de neste dia 27 de outubro ser o aniversário de nascimento do escritor alagoano Graciliano Ramos que, se estivesse vivo, completaria 120 anos. “Certamente, essa coincidência e o fato de eu ter recebido o prêmio Jabuti junto com Marques foram motivo de muita alegria”. Dantas, que ano passado foi patrono da 5ª Bienal, voltou a criticar o fato de o poder público, em Alagoas, não dar a devida atenção ao fabuloso patrimônio cultural do estado.